Saúde um Direito de Todos

A saúde "é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante a políticas saciais e econômica que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário à ações e serviços para sua promoção, proteção e recumperação." conforme esta garantido e definido no Cap. II Dos Direitos Sociais, Art. 6º e Cap. II Da Seguridade Social, Seção II Da Saúde, Art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Superbactéria resistente a antibióticos já matou pelo menos 18 pessoas no Brasil

Uma superbactéria que infecta pacientes nos hospitais e internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) está espalhando medo no Distrito Federal e São Paulo. Em Brasília 135 pessoas estão infectadas com a bactéria. Na capital paulista, estima-se que 90 pessoas já foram contaminadas desde o início do ano. Pelo menos, 18 pessoas morreram por causa da infecção, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em Santa Catarina, não há registros sobre a infecção.

O uso indiscriminado de antibióticos é a causa da infecção pela Klebsiella pneumoniae Carnapenemase (KPC), conforme especialistas. As autoridades de saúde alegam que a ingestão descontrolada dos medicamentos baixa a imunidade dos pacientes, o que facilita a contaminação pela superbactéria.

A KPC é a mutação genética de uma bactéria que existe no corpo humano e que, em geral, é inofensiva. Ao sofrer a mutação torna-se resistente à maioria dos antibióticos que deveriam destruí-la. Esses medicamentos destroem as bactérias normais, mas as mutantes sobrevivem e se reproduzem.

O primeiro caso foi no Recife em 2006. Depois, outros foram registrados no Distrito Federal, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Novos casos estão sendo investigados no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

O ministério da Saúde alerta que a higiene é a forma mais eficaz de evitar a infecção. Recomenda-se lavar bem as mãos sempre que sair de um hospital, passar álcool em gel e usar luvas e máscaras para evitar o contágio.

Antibiótico só com receita

Para conter o avanço da KPC em outras áreas do país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai editar novas regras que dificultarão a venda de antibióticos nas farmácias brasileiras. As receitas passarão a ser retidas pelas farmácias para evitar a reutilização do documento sem a prescrição do médico.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a medida passa a valer a partir de dezembro.

_ Estamos acompanhando de perto (os casos de contaminação pela KPC). A Anvisa está concluindo uma nova regulamentação a partir da qual o acesso ao antibiótico nas farmácias só se dará por meio de receita médica_ disse Temporão na terça-feira, após a assinatura da criação da secretaria especial de Saúde Indígena. 

Fonte: DIÁRIO.COM.BR

Criada tinta capaz de matar superbactérias resistentes a antibióticos

Usando as técnicas da nanotecnologia e uma enzima natural, cientistas desenvolveram uma tinta capaz de eliminar a temível superbactéria resistente a antibióticos que tem vem infectando hospitais ao redor do mundo.

Superbactéria MRSA

Os pesquisadores do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, descobriram como criar um revestimento em nanoescala que erradica a MRSA (Methicillin Resistant Staphylococcus aureus).

Durante os testes, 100% da MRSA em solução morreu dentro de 20 minutos em contato com uma superfície pintada com tinta látex misturada com o nanorrevestimento.

Segundo os pesquisadores, a tinta poderá ser aplicada em instrumentos cirúrgicos, móveis e mesmo nas paredes dos hospitais.

"Aqui nós temos um sistema onde a superfície contém uma enzima que é segura para se lidar, não parece desenvolver resistência, não vaza para o meio ambiente e não se entope com restos celulares. A bactéria MRSA entra em contato com a superfície e simplesmente morre," explica Jonathan Dordick, coordenador da pesquisa.

Nanotubos com enzimas

O segredo do aditivo para a tinta está na mistura de nanotubos de carbono com a lisostafina, uma enzima natural usado por cepas não-patogênicas de bactérias Staph para se defender contra a Staphylococcus aureus, incluindo a MRSA.

A enzima é ligada aos nanotubos de carbono por uma cadeia de polímero flexível, o que aumenta sua capacidade de atingir as bactérias MRSA.

O compósito nanotubo-enzima resultante pode ser misturado em qualquer acabamento de superfície - nos testes, ele foi misturado com tinta látex comum, usada para pintar paredes.

Ao contrário de outros revestimentos antimicrobianos, a cobertura é tóxica somente para a MRSA, não depende de antibióticos e não sofre lixiviação, ou seja, não libera substâncias químicas no ambiente ao longo do tempo.

As bactérias mortas também não entopem o sistema, que continua ativo, podendo ser lavado repetidamente sem perder eficiência.

"A lisostafina é extremamente seletiva," diz Dordick. "Ela não funciona contra outras bactérias e não é tóxica para as células humanas. Nós passamos um bom tempo demonstrando que a enzima não sai da tinta durante os experimentos."

Autismo poderá ser detectado por ressonância magnética


Autismo com MRI

Cientistas da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, deram um passo importante rumo ao diagnóstico do autismo por meio de um exame de ressonância magnética (MRI).

Quando totalmente desenvolvido e aprovado pelas autoridades de saúde, o nome exame será um avanço importante que poderá ajudar a identificar o problema mais cedo nas crianças e permitir melhores tratamentos e melhores resultados para as pessoas com o transtorno.

Os resultados promissores foram publicados pela equipe do Dr. Jeffrey Anderson, na revista científica Cerebral Cortex

Brasileiros descobrem mecanismos da atrofia muscular em diabéticos

"Os resultados abrem perspectivas para o desenvolvimento de novos tratamentos para inibir a perda de massa muscular observada nos portadores desta doença."
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, desvendaram um dos mecanismos moleculares envolvidos na atrofia muscular associado ao diabetes.

No mês passado, o estudo recebeu o prêmio de melhor trabalho apresentado no RNA interference and micro-RNA Europe Conference 2010, que aconteceu em Dublin, Irlanda.
Confira....










segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Brasileiros avançam rumo a medicamento para Doença de Chagas

"Não existe um medicamento seguro para tratar o mal de Chagas, o que torna ainda mais importante a descoberta de moléculas com potencial para se tornar fármacos e, posteriormente, medicamentos."

A descoberta de moléculas importantes para uma enzima do parasita Trypanosoma cruzi, causador da Doença de Chagas, pode abrir novos caminhos no desenvolvimento de fármacos para o tratamento dessa doença.

A pesquisa, do Instituto de Química de São Carlos, ligado à USP, constatou que, na presença de certas moléculas, a atividade enzimática diminuiu, o que interfere no ciclo de vida do parasita.

"Fiz ensaios in vitro, nos quais isolei a enzima em solução e percebi que a atividade enzimática foi diminuindo na presença das moléculas", explica Juliana Cheleski, autora da pesquisa.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Paciente recebe istent/i biodegradável feito de milho

"O novo istent/i - feito à base de amido de milho - tem o mesmo papel, mas eventualmente se dissolve cerca de dois anos depois de a artéria ter sido reparada."

Desentupidor biodegradável

Um morador de Leicester foi o primeiro paciente cardíaco da Grã-Bretanha a receber um stent biodegradável para tratar o entupimento em suas veias.

Shabir Makda, de 52 anos de idade, foi o primeiro paciente a se submeter à cirurgia para aplicação do novo dispositivo.

A cada ano, cerca de 85 mil pacientes têm um stent - uma espécie de tela metálica - inserido em suas artérias entupidas.

Esses dispositivos mantêm as artérias abertas e liberam medicamentos para evitar novos entupimentos.

Stent de amido

O novo stent - feito à base de amido de milho - tem o mesmo papel, mas eventualmente se dissolve cerca de dois anos depois de a artéria ter sido reparada.

Os stents de metal, em comparação, permanecem nas artérias a menos que sejam removidos cirurgicamente.

O uso de stents para tratar entupimentos arteriais é hoje um procedimento muito mais comum para tratar angina do que a cirurgia de ponte safena.

Os stents normalmente são inseridos na artéria depois de uma angioplastia, uma cirurgia para desobstrução de veias ou artérias.

Depois de cerca de um ano, quando a artéria já está reparada, o stent começa a se dissolver, se transformando em dióxido de carbono e água.

Analgésico codeína deve ser banido, dizem cientistas

Aumentando a dor
A codeína, um analgésico amplamente utilizado em todo o mundo, não funciona em algumas pessoas e pode levar outras à morte.
Por isso o uso da codeína deve ser interrompido imediatamente, afirmam cientistas da Universidade de British Columbia em Vancouver, no Canadá.
A codeína funciona ao ser metabolizada em morfina no organismo. Mas a magnitude dessa metabolização depende da estrutura genética de cada pessoa, de forma que a quantidade de morfina produzida varia de pessoa para pessoa.

Risco da codeína para crianças
Em um editorial publicado no Canadian Medical Association Journal esta semana, Stuart MacLeod e Noni MacDonald afirmam que o problema é especialmente relevante para as crianças.
Os dois cientistas citam exemplos de duas crianças que morreram após receberem codeína depois de uma cirurgia para retirada das amígdalas.
Segundo eles, dois outros estudos mostraram toxicidade não-fatal para bebês amamentados por mães que tomam a codeína.
O Hospital for Sick Children, de Toronto, Canadá, já parou de usar a codeína. Os autores do estudo estão conclamando os demais hospitais do mundo a seguirem o exemplo.

Células-tronco restauram tecido de medula espinhal lesionada

"Há uma grande esperança de que danos ao cérebro e à medula espinhal possam, no futuro, ser tratados com células-tronco."

Células-tronco no sistema nervoso

Um grupo de pesquisadores da Suécia, França e Japão demonstrou como as células-tronco, juntamente com outras células, podem reparar tecidos danificados da medula espinhal.

Os resultados, obtidos em animais de laboratório, são promissores para o desenvolvimento de terapias para lesões na medula espinhal.

Há uma grande esperança de que danos ao cérebro e à medula espinhal possam, no futuro, ser tratados com células-tronco - células imaturas que podem se desenvolver em diferentes tipos de células.

Células parecidas com as células-tronco têm sido encontradas em muitas partes do sistema nervoso humano adulto, embora ainda não esteja claro o quanto elas contribuem para a formação de novas células funcionais em indivíduos adultos.

Criada vacina experimental contra Mal de Alzheimer

"Uma vez no corpo, o DNA estimulou uma resposta imunológica, incluindo a criação de anticorpos para a proteína beta-amiloide."

Vacina experimental

Cientistas criaram uma vacina experimental contra a beta-amiloide, a pequena proteína que forma placas no cérebro e que se acredita contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

Os pesquisadores da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, fizeram experimentos em animais para comparar os resultados da nova vacina em relação às chamadas vacinas de DNA.

A nova vacina experimental estimulou mais de 10 vezes os anticorpos que se ligam à beta-amiloide, eliminando a proteína, em comparação com as vacinas de DNA. Os resultados foram publicados na revista médica Vaccine.

Vacina contra beta-amiloide

O prosseguimento do estudo irá se concentrar agora na determinação da segurança da vacina e na verificação de se ela realmente protege as funções mentais em animais.

"O anticorpo é específico; ele se liga à placa no cérebro. Ele não se liga ao tecido do cérebro que não contém placa," explica o Dr. Roger Rosenberg, coordenador do estudo. "Esta abordagem é promissora porque gera anticorpos suficientes para ser útil clinicamente no tratamento de pacientes."

Uma vacina tradicional - uma injeção da própria proteína beta-amiloide no braço - mostrou-se capaz, em outras pesquisas, de acionar uma resposta imunológica, incluindo a produção de anticorpos e outras defesas do corpo contra a beta-amiloide.

No entanto, a resposta imune a esse tipo de vacina algumas vezes causou um inchaço cerebral significativo. Foi por isso que o Dr. Rosenberg e sua equipe se voltaram para o desenvolvimento de uma vacina de DNA não-tradicional.

Vacina de DNA

A nova vacina de DNA não contém a própria proteína beta-amiloide, mas sim um pedaço do gene da beta-amiloide, que codifica a proteína.

Neste estudo, os pesquisadores revestiram minúsculas esferas de ouro com o DNA da beta-amiloide e injetaram as nanopartículas na pele da orelha dos animais.

Uma vez no corpo, o DNA estimulou uma resposta imunológica, incluindo a criação de anticorpos para a beta-amiloide.

O próximo passo da pesquisa será testar a segurança da vacina a longo prazo em animais, segundo o Dr. Rosenberg.

"Depois de sete anos desenvolvendo esta vacina, estamos esperançosos de que ela não irá apresentar qualquer toxicidade significativa, e que será possível desenvolvê-la para uso humano", disse ele.

sábado, 2 de outubro de 2010

Vacina contra a cocaina comeca a ser estudada

A vacina vai atua impedindo que a droga penetre no sistema nervoso, reduzindo seus efeitos prazerosos nos dependentes.

Pesquisadores da Universidade de Cincinnati (UC), nos Estados Unidos, deram início a um ensaio clínico para avaliar uma vacina desenvolvida para tratar o vício da cocaína, impedindo que a droga penetre no cérebro, reduzindo seus efeitos prazerosos.
Os cientistas começaram a desenvolver a vacina contra a cocaína em 1997, depois da divulgação de um artigo na revista "Nature Medicine" pela pesquisadora Barbara Fox, sobre a hipótese de que a vacinação de pessoas viciadas em cocaína provavelmente seria uma forma eficaz de tratar a doença.
"O tratamento psicossocial, como a terapia da conversa é o padrão atual de tratamento para pacientes dependentes de cocaína", disse o professor do Departamento de psiquiatria e neurociência comportamental da UC, Eugene Somoza. "No momento não há terapias aprovadas para o vício em cocaína."
O estudo vai testar a eficácia da vacina contra um placebo em voluntários saudáveis dependentes de cocaína durante um período de 18 semanas, com um total de 300 pacientes em seis locais diferentes. O investigador principal é Thomas Kosten, do Baylor College of Medicine, em Houston. Somoza é o investigador principal de Cincinnati.
Somoza observa que a imunoterapia tradicional tem como alvo moléculas complexas consideradas estrangeiras pelo sistema imunológico do corpo, que desenvolve anticorpos específicos contra eles. A cocaína é uma molécula simples, e só pode acionar o sistema imunológico se associada a uma molécula complexa. Quando isso acontece, o sistema imunológico produz anticorpos do mesmo jeito que faz quando as proteínas virais ou bacterianas entram no corpo.
Como resultado, quando os pacientes vacinados usam cocaína e suas moléculas atingem a corrente sanguínea, elas são imediatamente sequestradas pelos anticorpos, que as seguram bem, evitando que elas entrem no cérebro onde produzem os seus efeitos deletérios.
"O vício é dependente da rapidez com que a substância chega ao cérebro", disse Somoza. "Então, por abrandar ou parar o processo, seria possível diminuir o efeito prazeroso da cocaína nos indivíduos."

Brasileiros desenvolvem técnicas inéditas para tratamento dos olhos

"Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica para o transplante da membrana amniótica, retirada da placenta, para a reparação da superfície ocular."

Da placenta para o olho

Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma técnica para o transplante da membrana amniótica para a reparação da superfície ocular.

O tecido, obtido da placenta, possui propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias, além de ser considerado imunologicamente inerte.

Depois de coletado, o material pode ser conservado congelado em meio de cultura por meses, o que facilita a sua aplicação terapêutica.

A membrana amniótica se mostrou eficaz no tratamento da superfície ocular no caso de queimaduras, na síndrome de Stevens Johnson (forma grave de eritema bolhoso), no pterígio (espessamento vascularizado da conjuntiva) e na reparação dos afinamentos da córnea.

O trabalho é um dos resultados do projeto Reconstrução da superfície ocular, coordenada pelo professor Rubens Belfort Mattos Júnior, do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

"A superfície ocular é muito importante em inúmeros aspectos. Procuramos abordar nesse projeto os aspectos básicos, clínicos e cirúrgicos dos problemas que afetam esse tecido", disse Belfort.

Pernas robóticas começam a serem testadas por deficientes

Robô para deficientes

O médico japonês Eiichi Saito afirma que o primeiro par de pernas robóticas capaz de fazer pessoas paralisadas da cintura para baixo voltarem a andar deve ficar pronto em dezembro.
A fase de testes do equipamento está sendo concluída. Com ele, deficientes físicos podem andar com as pernas mecânicas, controlando os movimentos por meio de botões.
As pernas têm seis motores: nos tornozelos, nos joelhos e na cintura. Depois que ele é acoplado ao corpo, o usuário pode escolher o tamanho da passada e a velocidade.

Tecnologia automotiva

Saito trabalha na máquina há dez anos. O mais difícil, segundo ele, foi obter o equilíbrio, de forma que a pessoa pudesse andar sem tropeços.
Para resolver o problema, Saito trabalhou com uma empresa de autopeças.
O arquiteto Takanori Kato participa dos testes há três anos. Paralisado da cintura para baixo por causa de um acidente de snowboard, Kato já consegue andar 500 metros.
A expectativa da equipe é começar a alugar o equipamento para hospitais do Japão dentro de um ano.
O protótipo permitirá, inclusive, a realização de movimentos complexos como subir e descer escadas.