Saúde um Direito de Todos
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Deficiência de vitamina D é associada com declínio cognitivo
segunda-feira, 26 de julho de 2010
DIREITOS DOS PACIENTES E LEGISLAÇÃO
b) códigos; ou
c) de modo genérico, desrespeitoso, ou preconceituoso;
b) função;
c) cargo; e
d) nome da instituição;
b) diagnósticos realizados;
c) exames solicitados;
d) ações terapêuticas;
e) riscos, benefícios e inconvenientes das medidas diagnósticas e terapêuticas propostas;
f) duração prevista do tratamento proposto;
g) no caso de procedimentos de diagnósticos terapêuticos invasivos, a necessidade ou não de anestesia, o tipo de anestesia a ser aplicada, o instrumental a ser utilizado, as partes do corpo afetadas, os efeitos colaterais, os riscos e conseqüências indesejáveis e a duração esperada do procedimento.
h) exames e condutas a que será submetido;
i) a finalidade dos materiais coletados para exame;
j) alternativas de diagnósticos e terapêuticas existentes no serviço de atendimento ou em outros serviços: e
l) o que julgar necessário:
b) datilografadas ou em caligrafia legível;
c) sem a utilização de códigos ou abreviaturas;
d) com o nome do profissional e seu número de registro no órgão de controle e regulamentação da profissão; e
e) com assinatura do profissional:
b) registro da qualidade de sangue recebida e dos dados que permitam identificar a sua origem, sorologias e prazo de validade;
b) a privacidade;
c) a individualidade:
d) o respeito aos seus valores éticos e culturais:
e) a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal; e
f) a segurança do procedimento;
Hepatite E é descoberta pela primeira vez no Brasil
Tipos de hepatite
A hepatite é uma doença inflamatória que atinge o fígado e compromete o desempenho de suas funções podendo evoluir, conforme a gravidade do caso, para cirrose ou câncer.
A hepatite pode possuir etiologia (causa da doença) viral, tóxica ou autoimune. A doença pode se apresentar de forma aguda (autolimitada e raramente fulminante) ou evoluir para cronicidade.
As hepatites mais comuns são de origem viral e causadas pelos vírus A, B, C, Delta e E. As hepatites B, C e D podem ser transmitidas principalmente por via sexual, vertical (mãe-filho) e parenteral.
No caso das hepatites A e E, a principal via de contágio é fecal-oral, por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Neste conjunto, a hepatite E vem merecendo especial atenção dos pesquisadores.
sábado, 24 de julho de 2010
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM
O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de uma consciência individual e coletiva, pelo compromisso social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho com reflexos no campo científico e político.
A enfermagem brasileira, face às transformações socioculturais, científicas e legais, entendeu ter chegado o momento de reformular o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE).
A trajetória da reformulação, coordenada pelo Conselho Federal de Enfermagem com a participação dos Conselhos Regionais de Enfermagem, incluiu discussões com a categoria de enfermagem. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de enfermagem. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em enfermagem da população, os interesses do profissional e de sua organização. Está centrado na pessoa, família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população. O presente Código teve como referência os postulados da Declaração Universal dos Direitos do Homem, promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra da Cruz Vermelha (1949), contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem (1975). Teve como referência, ainda, o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993) e as Normas Internacionais e Nacionais sobre Pesquisa em Seres Humanos [Declaração Helsinque (1964), revista em Tóquio (1975), em Veneza (1983), em Hong Kong (1989) e em Sommerset West (1996) e a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde (1996)].
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.
O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.
O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as suas dimensões.
O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da ética e da bioética.
CAPÍTULO I
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS
DIREITOS
PROIBIÇÕES
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE.
DIREITOS
SEÇÃO II
DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE
ENFERMAGEM, SAÚDE E OUTROS
DIREITOS
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES
DA CATEGORIA
DIREITOS
SEÇÃO IV
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES EMPREGADORAS
DIREITOS
CAPÍTULO II
DO SIGILO PROFISSIONAL
DIREITOS
§ 2º - Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à prestação da assistência.
§ 3º - O profissional de enfermagem, intimado como testemunha, deverá comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar seu impedimento de revelar o segredo.
§ 4º - O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido, mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, exceto nos casos em que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo.
PROIBIÇÕES
DO ENSINO, DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO
TÉCNICO-CIENTÍFICA
DIREITOS
DA PUBLICIDADE
DIREITOS
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
I - Advertência verbal;
II - Multa;
III - Censura;
IV - Suspensão do exercício profissional;
V - Cassação do direito ao exercício profissional.
§ 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento.
§3º - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
§ 4º - A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da enfermagem por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem, jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos empregadores.
§ 5º - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da enfermagem e será divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.
II - As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
III - O dano causado e suas conseqüências;
IV - Os antecedentes do infrator.
§ 2º - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa ou as que causem danos patrimoniais ou financeiros.
§ 3º - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano moral irremediável em qualquer pessoa.
Art. 122 - São consideradas circunstâncias atenuantes:
I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as conseqüências do seu ato;
II - Ter bons antecedentes profissionais;
III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação;
IV - Realizar ato sob emprego real de força física;
V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infração.
Art. 123 - São consideradas circunstâncias agravantes:
I - Ser reincidente;
II - Causar danos irreparáveis;
III - Cometer infração dolosamente;
IV - Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração;
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função;
VIII - Ter maus antecedentes profissionais.
CAPÍTULO VI
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Vacina contra febre reumática começará a ser testada em humanos
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Cirurgia com jato de água corrige hérnia de disco sem internação
Óleo de peixe reduz risco de câncer de mama
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Biochip faz diagnóstico do HIV em segundos
O pequeno chip microfluídico testa seis parâmetros simultaneamente e dá o resultado, muito mais confiável, de seis a doze vezes mais rápido do que as técnicas tradicionais. E tudo com base numa pequena gota de sangue do paciente.
Citometria de fluxo
O biochip, construído pela equipe do engenheiro biomédico Alexander Revzin, usa anticorpos para "capturar" glóbulos brancos chamados linfócitos T, que são afetados pelo HIV.
Além de contar fisicamente o número dessas células, o teste detecta os tipos e os níveis das proteínas inflamatórias (citocinas) liberadas pelas células.
O biochip é constituído por um microarray de anticorpos operando em conjunto com um dispositivo de imagem holográfica, que não usa lentes, levando apenas alguns segundos para contar o número de células capturadas e a quantidade de moléculas de citocinas secretadas.
Ainda em fase de protótipo, o biochip tem potencial para ser amplamente utilizado na análise multiparamétrica de amostras de sangue, o que poderá ser realizado no próprio ponto de atendimento, como postos de saúde, prontos-socorros e mesmo em locais remotos, dotados de poucos recursos médicos e sem acesso a laboratórios de análises clínicas.
"Além de testes para diagnóstico e acompanhamento do HIV, este aparelho será útil para as transfusões de sangue, onde a qualidade do sangue utilizado é sempre uma questão importante," diz Revzin.
Células T e citocinas
A forma mais precisa e eficaz para diagnosticar e monitorar a infecção pelo HIV usa a contagem de dois tipos de células T e o cálculo da relação entre os dois tipos, além da medição das citocinas.
Isto é feito usando um método chamado citometria de fluxo, que exige um equipamento caro e operado por técnicos altamente treinados, inviabilizando seu uso em áreas remotas e sem muitos recursos.
O biochip dá conta dos dois principais desafios da análise de uma amostra de sangue em busca da detecção do HIV: 1) capturar o tipo de célula desejada do sangue, que contém vários tipos de células, e 2) conectar o tipo desejado da célula sanguínea com as citocinas secretadas.
O teste é feito por uma película de polímero na qual é impressa uma matriz de minúsculos "pontos". Cada ponto contém anticorpos específicos para os dois tipos de células T (CD4 e CD8) e três tipos de citocinas. Quando o sangue flui através dos pontos de anticorpos, as células T ficam presas nos pontos respectivos.
Cada tipo de célula T é capturado próximo aos pontos dos anticorpos específicos para as citocinas que podem produzir. Quando os anticorpos ativam as células, os pontos adjacentes às células capturam as citocinas secretadas por elas. Isto conecta um subconjunto específico de células T com suas citocinas.
Imagem holográfica
O sistema de imageamento holográfico permite que os cientistas identifiquem e contem rapidamente as células T sem o uso de quaisquer lentes ou sistemas de varredura mecânica, simplificando o projeto e permitindo sua miniaturização na forma de um chip.
A análise dos números de células T CD4 e CD8, a relação CD4/CD8 e três citocinas secretadas leva apenas alguns segundos, permitindo a realização de um teste de HIV com uma velocidade sem precedentes.
No futuro, o Prof. Revzin pretende acrescentar ao biochip microarrays capazes de detectar proteínas do HIV e vírus da hepatite C.
terça-feira, 13 de julho de 2010
9 Gatilhos da dor de cabeça
É hora de fugir deles. Investigamos algumas situações do dia a dia capazes de despertar esse tormento. Preste atenção: o motivo pode estar onde você menos imagina.
Dia a Dia do Paciente com Epilepsia
Dirigir é um privilégio e não um direito e, para tanto, a pessoa deve estar apta física e mentalmente. Estatísticas mostram que a freqüência de acidentes de trânsito com epilépticos pouco difere da população em geral. O número é muito mais elevado com alcoolistas: a bebida alcóolica representa mil vezes mais a causa de acidentes do que as crises epilépticas. Em países desenvolvidos, existem recomendações ao indivíduo com epilepsia que quer dirigir, como: estar livre de crises no mínimo há um ano e sob acompanhamento médico; dirigir somente veículos da categoria B (carro de passeio), e não ser motorista profissional, isto é, não conduzir veículos pesados e transporte público, mesmo livre de crises há anos.
Dia a Dia dos Pacientes com epilepsia
Estudos mostram que 50% a 60% de pessoas com epilepsia escondem sua condição ao procurar emprego; no entanto, as faltas por doença e os acidentes de trabalho não são mais freqüentes em pessoas com epilepsia do que nos demais empregados. Ao serem admitidas em um emprego, as pessoas não podem ser indagadas a respeito da epilepsia. Esta é uma informação pessoal. A pergunta possível é: "Você tem algum problema de saúde que possa impedi-lo de realizar este trabalho?" Se não for o caso, não é necessário mencionar a epilepsia. A falta de informação ainda resulta em preconceito, mas o ideal é que as pessoas aproveitem as oportunidades de prestar esclarecimentos sobre a epilepsia, a fim de melhorar a qualidade de vida de quem sofre com o problema. Afinal, quem tem epilepsia controlada tem vida absolutamente normal, e mesmo quem passa por crises só fica abalado durante os poucos minutos em que elas acontecem. Nos casos em que se faz necessário restrições para certos tipos de emprego, as decisões devem levar em conta avaliações, e não o diagnóstico genérico de epilepsia. As profissões mais adequadas são aquelas em que a pessoa se sente adaptada e não corre risco de vida. Devemos lembrar que algumas atividades são potencialmente arriscadas para os pacientes portadores de epilepsia, como o trabalho com máquinas e serras que ofereçam risco de dano físico, trabalhos em andaimes e similares. Não são indicadas ocupações como eletricista, piloto, bombeiro, motorista etc. Os médicos podem ajudar o paciente com epilepsia a se adaptar profissionalmente. Primeiro: podem indicar a profissão adequada; segundo: podem facilitar a admissão, orientando e educando os empregadores; terceiro: não devem reforçar o auxílio-doença, e sim incentivar o paciente a continuar trabalhando.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Epilepsia e adolescência
Recomendações ao adolescente epiléptico
domingo, 4 de julho de 2010
cuja meta é cumprir a Lenda Pessoal.
compartilhando camaradagem e entusiasmo.
Mas,à medida que a corrida se desenvolve,
a alegria inicial cede lugar aos
verdadeiros desafios: o cansaço,
a monotonia, as dúvidas quanto à própria capacidade.
Reparamos que alguns amigos desistiram do desafio,
ainda estão correndo,mas apenas porque
não podem parar no meio da estrada.
Eles são numerosos, pedalam ao lado do carro de apoio,
conversam entre si, e cumprem sua obrigação.
e então somos obrigados a enfrentar a solidão,
as surpresas com as curvas desconhecidas,
os problemas com a bicicleta.
sábado, 3 de julho de 2010
Educação física
Dificuldades de aprendizagem
A epilepsia e a escola
A criança com pais epilépticos
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Noticia quente:
Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram produzir mecanismos naturais para criar tecidos que superam em elasticidade e resistência qualquer outro material similar.
Construídos inteiramente a partir de materiais biológicos - proteínas - os tecidos artificiais poderão ter uso direto na medicina, repondo tecidos naturais de forma mais segura e sem risco de rejeição.
Nanotecido biológico
Na natureza, as células e os tecidos organizam-se para formar uma matriz de fibras de proteína que, em última instância, determina a sua estrutura e a sua função - como a elasticidade da pele e a capacidade de contração dos tecidos do coração.
"Até hoje tem sido muito difícil replicar essa matriz extracelular utilizando materiais sintéticos," explica o bioengenheiro Adam W. Feinberg. "Mas nós imaginamos que, se as células podem construir esta matriz na superfície de suas membranas, talvez nós pudéssemos construi-la nós mesmos em uma outra superfície."
Foi justamente isso o que Feinberg e seus colegas fizeram. Eles desenvolveram uma matriz que se estrutura sozinha sobre uma superfície termossensível. A composição de proteínas da matriz pode ser ajustada para gerar tecidos com propriedades específicas.
Para recolher o nanotecido, basta alterar a temperatura da superfície onde ele se forma - o material solta-se como se fosse uma folha de papel.
Tecido para remendar o coração
Segundo os pesquisadores, a nova tecnologia poderá ser usada para regenerar o coração e outros tecidos do corpo humano, assim como para fabricar tecidos extremamente fortes e elásticos, com apenas alguns nanômetros de espessura, para várias outras aplicações.
Os métodos atuais para regenerar tecidos biológicos normalmente envolvem o uso de polímeros sintéticos para criar um suporte, uma espécie de andaime, onde o tecido se desenvolve.
Mas esta abordagem pode causar efeitos colaterais conforme o polímero começa a se degradar.
Por outro lado, o nanotecido de proteína é feito das mesmas proteínas que os tecidos naturais e, portanto, o corpo pode descartar qualquer porção do material que deixe de ser necessário, sem gerar efeitos colaterais.
Os testes iniciais permitiram a criação de fibras de músculos cardíacos semelhantes às dos músculos papilares, o que poderá levar a novas estratégias de reparo e de regeneração do coração.
Cientistas criam pulmão eletrônico dentro de um chip
Por ser translúcido, o pulmão eletrônico oferece a oportunidade de estudar o funcionamento do órgão sem ter que invadir um organismo vivo.
Substituto dos animais de laboratório
Segundo os autores do estudo, o dispositivo tem potencial para se tornar uma ferramenta importante nos testes dos efeitos de toxinas presentes no ambiente ou de avaliar a eficácia e a segurança de novos medicamentos, eventualmente substituindo animais de laboratório.
"A capacidade do pulmão em um chip de estimar a absorção de nanopartículas presentes no ar ou de imitar a resposta inflamatória a patógenos demonstra que o conceito de órgãos em chips poderá substituir estudos com animais no futuro", disse Donald Ingber, fundador do Instituto Wyss, em Harvard, e um dos autores da pesquisa.
Segundo Ingber, os microssistemas a partir de tecidos produzidos até o momento são limitados mecânica ou biologicamente. "Não conseguimos entender realmente como a biologia funciona, a menos que nos coloquemos no contexto físico de células, tecidos e órgãos vivos", disse Ingber.
Funcionamento do pulmão eletrônico
O pulmão eletrônico parte de uma nova abordagem na engenharia de tecidos ao inserir duas camadas de tecidos vivos - a fileira de alvéolos e os vasos sanguíneos em sua volta - em uma estrutura porosa e flexível.
"Partimos do funcionamento da respiração humana, pela criação de um vácuo quando nosso pulmão se expande, que puxa o ar para os pulmões e faz com que as paredes dos sacos pulmonares se estiquem. O sistema de microengenharia que desenhamos usa os princípios básicos da natureza", disse Dan Huh, outro autor do estudo.
Riscos das nanopartículas
Para determinar a eficiência do dispositivo, os pesquisadores testaram sua resposta ao inalar bactérias vivas (E. coli). Eles introduziram microrganismos no canal de ar do lado do pulmão no dispositivo e, ao mesmo tempo, aplicaram leucócitos pelo canal no lado dos vasos sanguíneos.
Como resultado, no dispositivo ocorreu uma resposta imunológica que fez com que os leucócitos se deslocassem pelo canal de ar e destruíssem as bactérias.
A equipe prosseguiu nos testes com "experimentos do mundo real", segundo Huh, introduzindo vários tipos de nanopartículas no saco pulmonar do pulmão eletrônico. Algumas dessas partículas estão presentes em produtos comerciais, outras são encontrados no ar e na água poluída.
Vários tipos dessas nanopartículas entraram nas células do pulmão, levando as células a produzir mais radicais livres e induzindo a inflamação. Muitas das partículas atravessaram o pulmão eletrônico e atingiram o canal arterial.
Nuotícas quentes:
Menor microscópio do mundo para telemedicina não tem lentes
A equipe do professor Aydogan Ozcan, Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, desenvolveu uma nova tecnologia de microscopia sem lentes que promete transformar radicalmente os exames médicos, sobretudo em regiões carentes de recursos.Eles criaram o menor e o mais leve microscópio do mundo para uso em aplicações de telemedicina.
Totalmente integrado e miniaturizado, o microscópio só precisa ser conectado à interface USB de um computador para fazer as análises, dispensando técnicos e laboratórios, não disponíveis em regiões distantes.
Imagens holográficas
Em vez de usar lentes para amplificar os objetos, o novo microscópio gera imagens holográficas das micropartículas, ou das células, ou de qualquer outro material que estiver sendo observado.
A tecnologia foi batizada de LUCAS - Lensless Ultra-wide-field Cell Monitoring Array platform based on Shadow imaging, algo como plataforma de monitoramento celular sem lentes de campo ultralargo, baseado em imagens sombra.
As imagens holográficas são geradas quando a luz emitida por um LED é refletida pelos tecidos ou pela amostra de fluido que deve ser observada, e captada por um conjunto de sensores ópticos.
A construção da imagem é feita por um algoritmo que tira proveito das sombras que, de problemas, tornam-se aliadas - veja mais em microscópio óptico dobra de resolução.
Microscópio integrado
Pesando apenas 46 gramas, o microscópio é um equipamento totalmente integrado. As únicas conexões externas necessárias são uma conexão USB para um computador ou um smartphone.
Depois de estruturadas pelo software, as imagens coletadas podem ser analisadas instantaneamente no próprio computador, dispensando a presença de técnicos treinados, abrindo caminho para a realização de exames em locais que não disponham de laboratórios ou hospitais.
As amostras são inseridas no microscópio usando um pequeno chip que pode ser carregado com saliva ou sangue. No caso do sangue, o microscópio é sensível o suficiente para identificar partículas e células, incluindo glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
A tecnologia tem potencial para ajudar a detectar doenças como a malária, AIDS e tuberculose. Ela pode ainda ser utilizada para monitorar a qualidade da água.
Microscópio para telemedicina
Usando dois acessórios adicionais, que custam entre US$1 e US$2 cada um, o microscópio sem lente pode ser convertido em um microscópio de contraste por interferência diferencial (DIC: differential interference contrast microscope), também conhecido como microscópio Nomarski.
Microscópios Nomarksi são usados para obter informações sobre a densidade de uma amostra, dando uma aparência 3D a uma imagem 2D por meio de um contraste com bordas e linhas.
O novo microscópio miniaturizado é também um recurso no campo da telemedicina. Em regiões com recursos limitados, equipamentos médicos portáteis são essenciais.
Essas ferramentas usam conexões à internet para se integrar a um laboratório ou hospital, em qualquer parte do mundo, que tenha os recursos necessários para completar o atendimento.