Saúde um Direito de Todos

A saúde "é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante a políticas saciais e econômica que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário à ações e serviços para sua promoção, proteção e recumperação." conforme esta garantido e definido no Cap. II Dos Direitos Sociais, Art. 6º e Cap. II Da Seguridade Social, Seção II Da Saúde, Art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Cientista descobrem que o consumo exesivo de alcool durante a gestação podem reduzir o número de néfrons


A exposição pré-natal ao etanol é teratogênica, mas os efeitos do etanol sobre o desenvolvimento do rim e da saúde das crianças não são completamente compreendidos. Pesquisadores da University of Queensland, na Austrália, investigaram os efeitos da exposição aguda ao etanol durante a gravidez no número de néfrons, na média da pressão arterial e na função renal das crianças. Foi aplicado etanol ou salina por gavagem em ratas Sprague-Dawley grávidas nos dias embrionários 13,5 e 14,5. Em um mês de idade, o número de néfrons foi 15% menor e 10% menor nos machos e fêmeas expostos ao etanol, respectivamente, em comparação com os controles. A média da pressão arterial foi 10% maior nos ratos expostos ao etanol em comparação com os controles. TFG foi 20% maior nos machos expostos ao etanol, mas foi 15% inferior nas fêmeas expostas ao etanol, além disso, os machos tinham maior proteinúria comparados com os controles. Em conjunto, estes dados demonstram que a exposição pré-natal aguda ao etanol reduz o número de néfrons, possivelmente como resultado da inibição da morfogênese renal, e que essas mudanças afetam a função cardiovascular e renal dos adultos.

Fonte: Journal of the American Society of Nephrology, Volume 21, Number 11, 2010, Pages 1191-1902

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal a todos os leitores.

UM DIA APRENDI
 
Aprendi que, por pior que seja um problema
ou uma situação, sempre existe uma saída.
Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.
 Mais cedo ou mais tarde,
será preciso tirar as pedras
do caminho para conseguir avançar.
Aprendi que, perdemos tempo nos
preocupando com fatos que
muitas vezes só existem na nossa mente.
Aprendi que, é necessário um dia de chuva,
para darmos valor ao Sol.
 Mas se ficarmos  expostos muito tempo, o Sol queima.
Aprendi que , heróis não são aqueles
que realizaram obras notáveis.
Mas os que fizeram o que foi necessário ,
 assumiram as consequências dos seus atos.
Aprendi que, não vale a pena se tornar
indiferente ao mundo e às pessoas.
 Vale menos a pena, ainda, fazer coisas para conquistar migalhas de atenção.
Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.
O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo.
Aprendi que, ao invés de ficar esperando
alguém me trazer flores,
é melhor plantar um jardim.
Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz. Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos.
Aprendi que, o que faz diferença
não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.
E que, boa família são os amigos que escolhi.
Aprendi que, as pessoas mais queridas
podem às vezes me ferir.
E talvez não me amem tanto
 quanto eu gostaria, o que não significa
que não me amem muito,
talvez seja o Maximo que conseguem.
Isso é o mais importante.
Aprendi que, toda mudança inicia
um ciclo de construção,
se você não esquecer de
deixar a porta aberta.
Aprendi que o tempo é muito
precioso e não volta atrás.
 Por isso, não vale a pena resgatar o passado.
 O que vale a pena e construir o futuro.
 
O meu futuro ainda está por vir.
Foi então que  aprendi que
 devemos descruzar os braços e vencer o medo de  partir em busca dos  nossos sonhos.

Grupo HDA Saude e CIA 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pesquisas revelam o poder de suco de beterraba



 O consumo de suco de beterraba pode ser benéfico para idosos e pessoas com problemas cardíacos e pulmonares, ajudando-os a aumentar sua capacidade de fazer atividades físicas, segundo recente estudo da Universidade de Exeter, na Inglaterra. De acordo com os autores, estudos anteriores já vinham mostrando que a bebida pode aumentar em 16% a resistência de atletas, e isso parece ser verdade também para outras pessoas.
Nas novas análises, que incluíram homens saudáveis, os pesquisadores descobriram que aqueles que tomaram suco de beterraba por seis dias usavam menos oxigênio enquanto caminhavam na esteira, efetivamente reduzindo os esforços de caminhada em 12%, comparados àqueles que tomaram um suco diferente. E, embora tenham sido avaliados apenas homens mais jovens, os resultados poderiam ser extensivos aos outros.
“Quando você fica velho, ou se você tem condições que afetam seu sistema cardiovascular, a quantidade de oxigênio que você consegue tomar para usar durante os exercícios cai consideravelmente”, explica a pesquisadora Katie Lansley. “O que vimos neste estudo é que o suco de beterraba pode reduzir a quantidade de oxigênio que você precisa para realizar mesmo exercícios de baixa intensidade. Em princípio, esse efeito poderia ajudar as pessoas a fazer coisas que não seriam capazes de fazer”, conclui.
De acordo com os especialistas, o suco de beterraba age alargando os vasos sanguíneos, reduzindo a pressão e, por consequência, melhora a circulação. Além disso, a bebida reduz a quantidade de oxigênio que os músculos precisam durante a atividade, o que melhora a resistência física. Entretanto, mais estudos são necessários para confirmação dos resultados.

Fonte: Bibliomed

domingo, 19 de dezembro de 2010

Pesquisas apontam os principais causadores da renite alérgica:

Os principais alérgenos que pioram os sintomas de rinite alérgica são os ácaros Dermatogoides farinae e Dermatogoides pteronyssinus, as baratas, pelos de gato e látex, segundo estudo apresentado em dezembro na Conferência Científica Internacional da Organização Mundial de Alergia. Realizado por pesquisadores da Universidade Sains Malaysia, o estudo mediu o IgE total e específico para 28 tipos de alérgeno em 128 pacientes com rinite alérgica, e associou o grau de sensibilização à severidade da doença.
“A rinite alérgica é a doença alérgica mais comum, afetando cerca de quatro milhões de pessoas na Malásia. Apesar de a rinite não ser, normalmente, uma doença severa, ela altera significativamente a vida social dos pacientes, e afeta o desempenho escolar e a produtividade no trabalho”, disseram os pesquisadores, destacando a importância de se avaliar os alérgenos responsáveis pela piora nos sintomas em cada paciente com rinite.
Avaliando os pacientes atendidos no Hospital Universitário Sains Malaysia, os pesquisadores observaram que os alérgenos aéreos mais comumente associados à severidade dos sintomas de rinite alérgica eram os ácaros Dermatogoides farinae (97%) e Dermatogoides pteronyssinus (83%), seguidos de outros ácaros da poeira domiciliar (43%). Outros alérgenos muito comuns foram as baratas (49,2%), os gatos (44,5%), os cães (43%) e o látex (42,2%).
Entre os alimentos, a pesquisa indicou o camarão (28.9%) como o mais comum, seguido pela soja (26,6%), caranguejo (23,4%), moluscos (22,7%), trigo (21,9%), amendoim (20,3%), gema de ovos (18,8%), leite de vaca (18%), mistura cítrica (18%), carne bovina (14,1%), clara de ovos (12,5%), atum (11,7%) e frango (11,7%). E, dos fungos, os resultados destacaram o aspergillus spp (23,4%), a candida spp (20,3%), altenaria spp (16,4%), mucor spp (14,8%), penicillium spp (12,5%) e clasdosporium spp (10,9%).
“Em conclusão, este estudo revelou uma associação significativa entre níveis específicos de IgE e a severidade dos sintomas de rinite alérgica para Dermatogoides farinae, Dermatogoides pteronyssinus, barata, gato e látex”, escreveram os pesquisadores em publicação da Conferência.

Fonte: WAO International Scientific Conference. Abstract 1207. 06 de dezembro de 2010.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Síndrome De Leriche

A doença arterial periférica (DAP) pode ser considerada uma síndrome progressiva resultante da aterosclerose. Engloba todas as condições secundárias à obstrução do fluxo arterial, nas carótidas extracranianas, membros superiores, mesentéricas, renais e membros inferiores

Fatores de risco:

Hipertensão arterial sistêmica (HAS)
Dislipidemia
Diabetes 
E principalmente o tabagismo

Sua presença está relacionada a risco cardiovascular aumentado, pela chance de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. O aumento do risco pode chegar a seis vezes, quando comparado a populações sem doença arterial periférica.

Sinais e sintomas:

No caso do comprometimento das artérias de membros inferiores, a doença pode ser assintomática ou sintomática as manifestações variam desde a claudicação intermitente à necrose crítica do membro. A localização da dor irá depender da altura da obstrução, constituindo a doença aorto-ilíaca oclusiva ou síndrome de Leriche, quando ocorre ao nível da aorta e dos vasos ilíacos, levando a dor a membros inferiores (nádegas e coxas), bilateralmente e concomitante disfunção erétl.
  1. CLAUDICAÇÃO INTERMITENTE: A palavra claudicação procede da palavra latina "claudicatio" que significa manquejar, porém os pacientes com claudicação não mancam, eles param para repousar. A dor associada a claudicação intermitente é caracterizada por cãibra ou dor contínua, freqüentemente na panturrilha. Ela ocorre ao andar e é aliviada quando a pessoa interrompe a marcha, sem a necessidade de sentar-se. A claudicação intermitente ocorre mais comumente como dor na panturrilha, porém a obstrução vascular mias alta (ex. na aorta) causará dor nas nádegas e na parte superior das coxas e freqüentemente está acompanhada de Impotência. Isso é conhecido como "Síndrome de Leriche". A obstrução das artérias ilíacas causa dor na porção inferior da coxa.
  2. PÉS FRIOS: É uma queixa comum em pacientes com insuficiência vascular periférica, obrigando-os ao uso de garrafas de água quente, almofadas aquecidas e compressas úmidas quentes. Essas práticas podem ocasionar intensa queimadura do pé insensível ao calor, devido à neuropatia periférica.

  3. DOR NOTURNA: É uma forma de neurite isquêmica que geralmente precede a dor em repouso. Ela ocorre a noite, já que durante o sono a circulação é geralmente do tipo central, com diminuição da perfusão das extremidades inferiores. A neurite isquêmica resultante torna-se intensa e interrompe o sono.

  4. DOR AO REPOUSO: A dor em repouso, geralmente indica a presença de pelo menos duas obstruções arteriais hemodinamicamente significantes. Trata-se de uma dor persistente causada por isquemia do nervo. Apresenta picos de intensidade, piora a noite e pode requerer uso de narcóticos para seu alívio. Dores noturnas e ao repouso aliviadas quando em posição pendente. Essa posição aumenta o débito cardíaco, levando a menor perfusão das extremidades inferiores e ao alívio da neurite isquêmica.
  5. AUSÊNCIA DE PULSACÕES: Caso a zona poplítea esteja obstruída, é possível que haja diferença na temperatura da pele em ambas as áreas patelares. A pele em torno do joelho, do lado isquêmico, muitas vezes é mais quente, devido aos vasos colaterais que se formam em torno da artéria poplítea obstruída.
  6. PALIDEZ À ELEVAÇÃO: A palidez do pé, provocada por sua elevação e o retardo do enchimento capilar venoso são indicativos de isquemia.

  7. DEMORA DO ENCHIMENTO VENOSO APÓS A ELEVAÇÃO: Normalmente o tempo de enchimento venoso e capilar é inferior a quinze segundos. Esse tempo pode ser prorrogado para minutos, quando a extremidade está gravemente isquêmica. Um tempo de enchimento capilar venoso além de quarenta segundos, indica isquemia muito grave.

  8. RUBOR NA POSIÇÃO PENDENTE:

    1. As extremidades com DVP grave, apresentam rubor após a permanência em posição pendente
    2. Os pacientes com varizes também apresentam rubor na posição pendente devido a estase venosa.
        As alterações isquêmicas da pele são caracterizadas por pele fria, atrófica e brilhante, perda dos pêlos no dorso dos pés e dedos, espessamento das unhas e freqüentemente infecções fúngicas. As unhas tendem a crescer mais lentamente quando a irrigação sangüínea está diminuída. A medida que se instala nova isquemia, o tecido subcutâneo se atrofia. A pele parece brilhante e rigidamente esticada sobre o pé. Pode ocorrer ulceração desses pés vulneráveis a pequenos traumatismos. A DVP contribui para a amputação ao impedir o fornecimento de oxigênio, nutriente (necessários para a cicatrização das feridas) e de antibiótico para combater a infecção.

Tratamento
 
        Em um paciente com uma úlcera no pé, a estimativa de probabilidade de cicatrização da lesão deve ser baseada em exames clínicos e, se possível, em testes não invasivos. A revascularização deve ser considerada quando:
  1. A probabilidade de cicatrização for demasiadamente baixa ou se o paciente apresentar dor isquêmica persistente e em repouso.
  2. A claudicação intermitente ameaça as atividades profissionais do paciente ou limita seu estilo de vida. Em todos esses casos, a árvore arterial dos membros inferiores, incluindo as artérias pedais, devem ser visualizadas.
Várias técnicas podem ser utilizadas:
  1. Na maioria dos serviços, realiza-se a arteriografia do membro inferior a partir da técnica de Seldinger, combinada ou não a angiografia de subtração digital. Caso não se detectem sinais de doença vascular mais proximal, o exame pode restringir-se a uma das pernas com punção da artéria femural para limitar a quantidade do meio de contraste.
  2. A arteriografia pode ser substituída ou complementada pela angiografia, pela angioressonância magnética ou exames com ecodoppler duplex. Estas técnicas, no entanto, ainda estão sob avaliação e exigem experiência. A fim de evitar a nefropatia pelo contraste, uma hidratação adequada e o controle da glicemia antes, durante e após a angiografia são obrigatórios.
       

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Descobertas cientifica: Alzheimer

Pesquisas indicam que ter altos níveis de “bom” colesterol (HDL) pode ajudar a proteger contra a doença de Alzheimer, segundo estudo publicado nesta semana na revista médica Archives of Neurology. De acordo com os autores, o estudo traz mais evidências da ligação entre doença cardíaca e demência, e indica uma forma de prevenir ambas as condições: aumentando os níveis de colesterol HDL.
O estudo avaliou mais de mil pessoas sem histórico de problemas de memória, que foram acompanhadas por quatro anos e examinadas a cada 18 meses. E os resultados indicaram que aqueles com maiores níveis de colesterol HDL (mais de 55 mg/dL) tinham 60% menor risco de ter doença de Alzheimer, comparados àqueles com menores níveis (abaixo de 39 mg/dL).
“Foi demonstrado que você pode ter um ‘big bang’ em seus investimentos em termos de coração com o HDL, e agora há evidências - iniciais, pelo menos - de que pessoas que tem menores níveis de HDL estão, significativamente, sob maior risco de doença de Alzheimer e, provavelmente, se você modificar isso, você pode modificar seu risco”, destacou o pesquisador James Burke, da Universidade de Duke, nos EUA. Entretanto, mais estudos são necessários para desvendar os mecanismos biológicos envolvidos nessa relação.

Descobertas Cientificas

Pular o café da manhã pode aumentar os riscos cardiometabólicos a longo prazo

Um estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition analisou as associações longitudinais do hábito de saltar o café da manhã na infância e na idade adulta com fatores de risco cardiometabólicos na idade adulta.
O estudo contou com 2.184 participantes de 9 a 15 anos de idade. Os participantes foram classificados em 4 grupos: realizou o desjejum na infância e na idade adulta (n = 1.359), pulou o desjejum apenas na infância (n = 224), pulou o desjejum apenas na idade adulta (n = 515), e não realizou o desjejum na infância e idade adulta (n = 86). Após ajuste para idade, sexo e fatores sociodemográficos e estilo de vida, os participantes que não faziam o desjejum na infância e idade adulta tinham maior circunferência da cintura, maior de insulina em jejum, colesterol total e colesterol LDL do que aqueles que faziam o desjejum tanto na infância quanto na idade adulta.
Os autores concluíram que o salto do café da manhã durante um longo período pode ter efeitos prejudiciais sobre a saúde e o risco cardiometabólico. Promover os benefícios do café da manhã poderia ser uma mensagem simples e importante de saúde pública.

Fonte: American Journal of Clinical Nutrition, Volume 92, Number 6, 2010, Pages 1316-1325

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Retinopatia diabética encontra-se associada ao declínio cognitivo em homens


  A doença microvascular cerebral associada ao diabetes tipo 2 pode exacerbar os efeitos do envelhecimento na função cognitiva. Como existe uma homologia considerável entre a microcirculação retiniana e cerebral, pode haver uma associação entre a retinopatia diabética (RD) e o declínio cognitivo em idosos com diabetes tipo 2. Foram analisados 1.0406 homens e mulheres com idades entre 060 e 75 anos, com diabetes tipo 2. Após ajuste por idade e sexo, uma relação significativa foi observada entre o aumento da severidade da RD e a maioria das medidas de perda cognitiva. Os participantes com retinopatia moderada a severa tiveram os piores desempenhos nos testes individuais. O efeito foi maior no sexo masculino. Os autores concluíram que a RD foi independentemente associada ao declínio cognitivo em homens mais velhos com diabetes tipo 2, suportando a hipótese de que a doença microvascular cerebral pode contribuir para a aceleração do declínio cognitivo relacionado à idade.

Fonte: Diabetes, Volume 59, Number 11, 2010, Pages 2883-2889

Diabetes: Sensores sem fio prometem a diabéticos leitura não-invasiva de açúcar no sangue



Para muitos diabéticos, a desagradável tarefa de tirar sangue várias vezes por dia, a fim de verificar os níveis de glicose no sangue, faz parte da vida. Os esforços para desenvolver dispositivos que possam testar a glicemia, sem a necessidade de picar os dedos várias vezes, não apresentou resultados satisfatórios até agora por causa de dúvidas sobre a precisão, bem como queixas sobre a irritação da pele. Uma empresa tem a esperança de resolver esses problemas com um sensor bioquímico que adere à pele como um curativo e manda leitura contínua da glicose do sangue para um dispositivo portátil sem fio.


Um bom nível de glicose no sangue é essencial para a saúde de um indivíduo, especialmente diabéticos, cujos corpos produzem nenhum ou muito pouco do hormônio insulina regular da glicose. Como os níveis elevados de glicose no sangue podem levar a uma longa lista de problemas graves de saúde – glaucoma, lesões nervosas e doenças do coração, só para citar alguns – diabéticos devem testar os seus níveis de glicose várias vezes ao dia, geralmente utilizando um dispositivo de punção para furar a ponta do dedo e tirar sangue.

Echo Therapeutics, com sede em Franklin, Massachusetts, está desenvolvendo um sistema de monitoramento contínuo da glicose transdermal, uma rede sem fio e livre de agulhas chamado Symphony tCGM para diabéticos (há cerca de 24 milhões nos Estados Unidos) e para uso em unidades hospitalares de cuidados intensivos.

Symphony tCGM tem três componentes básicos: a Prelude SkinPrep System, dispositivo aproximadamente do tamanho e forma de um barbeador elétrico, que raspa a superfície morta mais externa da pele (microdermoabrasão), deixando uma mancha do tamanho de uma moeda; um biossensor de glicose que é aplicado lá (em geral no peito ou parte superior das costas) e também um dispositivo sem fio que lê os níveis de glicose do biossensor.


O Prelude remove a pele e cabelo que podem interferir na leitura do biossensor. Ele passa minúsculos impulsos elétricos na pele, explica o presidente e CEO da Echo Terapêutica, Patrick Mooney. Com base na resposta a esses impulsos, o Prelude pode determinar quando viveu aquela célula subjacente da pele, o que permite ao biossensor proporcionar uma leitura mais precisa. O paciente, então, aplica o biossensor em forma de disco no pedaço de pele preparada pelo Prelude. A membrana na superfície do biossensor detecta como a glicose se difunde para fora dos capilares do corpo. O sensor contém uma enzima que reage com a glicose e retransmite a indicação como um sinal elétrico. O impulso passa sem fio para um computador de mão, que registra as informações e monitora as leituras. Cada sensor pode ser usado por dois dias antes de ser substituído por um novo, e então usado no mesmo local ou em outro local tratado pelo Prelude.

O Tufts Medical Center, em Boston, passou vários anos como uma clínica de teste do Symphony eco tCGM. “Frequentemente, durante cirurgias, colhíamos amostras de sangue para testes instantâneos” dos níveis de glicose no sangue, independentemente de o paciente ser ou não diabético, afirma Michael England, chefe do centro de anestesia cardíaca de adultos. O monitoramento contínuo é particularmente importante durante a cirurgia, porque os níveis de insulina variam de acordo com o paciente. “A insulina regular dada às pessoas nas cirurgias pode demorar de 45 minutos a uma hora para fazer efeito”, diz ele.

England é coautor (juntamente com três pesquisadores da Echo) de um estudo de julho de 2008 no Journal of Diabetes Science and Technology, que indicou que a precisão das medições de glicose no sangue da Symphony foi comparável com as práticas mais comuns de desenho e análise de amostras de sangue. Esse achado foi consistente com os resultados de um estudo da tCGM Symphony que a Echo anunciou em novembro. Usando cerca de 900 leituras de glicose Symphony tCGM emparelhado com medições de referência de glicose no sangue (realizadas por meio de amostras de sangue), a Echo alegou sua tecnologia foi 97% precisa.

Além do seu potencial impacto sobre a cirurgia e manutenção diária da diabetes, diz Inglaterra, o monitoramento contínuo da glicose pode ajudar os médicos a entender melhor a insulina e como ela funciona no organismo. Cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo usam insulina, de acordo com o Centro de Diabetes Joslin, em Boston.

O único medidor de glicose não-invasivo que recebeu aprovação da FDA nos Estados Unidos não está mais no mercado. Em 2001, Cygnus, Inc., ganhou a aprovação para sua GlucoWatch, usado como um relógio de pulso a ser empregado em conjunto com exames de sangue convencionais para detectar as tendências e padrões nos níveis de glicose do paciente. O GlucoWatch administra uma pequena carga elétrica no pulso para trazer glicose á superfície da pele onde ela poderia ser medida a cada 10 minutos. O uso do dispositivo, no entanto, foi interrompido em 2007, após denúncias sobre sua precisão, o que causou irritação em alguns usuários.

Monitoramento da glicose é extremamente importante para os diabéticos, mesmo que um pouco invasiva – incluindo aqueles sistemas que paciente pica os dedos para a obtenção de sangue – são usados por milhões de pessoas e tem vendas na casa dos bilhões. “Todo mundo com quem falo no campo diabetes sente que o acompanhamento transdérmico é um mal necessário”, diz Robert Langer, professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT) .

England adverte, no entanto, que encontrar um sistema eficaz de monitoramento contínuo da glicose transdérmica é apenas um passo no controle da diabetes. Ainda não há consenso sobre o que constitui o “nível de certo de glicose” em diferentes pacientes, diz ele. Até que se determine o benefício de ter maior controle sobre os níveis de glicose no sangue, essa é uma “questão em aberto”, acrescenta. “Nós nunca tivemos a tecnologia para este estudo.”

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Anti-HIV
Um estudo internacional com a participação de 11 centros de pesquisas, entre eles a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), revelou que o uso de um antirretroviral - um medicamento utilizado contra a AIDS - pode funcionar quase como uma vacina contra a doença.
Os cientistas descobriram que a pílula Truvada, uma combinação de dois antirretrovirais já existentes - o tenofovir e o entricitabina - pode reduzir em até 73% o risco de se contrair o vírus HIV.
Os resultados da pesquisa foram divulgados no dia 23 de novembro, após a publicação do artigo científico no periódico The New England Journal of Medicine, e representam um grande avanço na prevenção da Aids em todo o mundo.

Além de três centros de pesquisas brasileiros (USP, Fiocruz e UFRJ), o estudo foi conduzido por instituições do Equador (Guaiaquil), Peru (Lima e Iquitos), África do Sul (Cidade do Cabo), Estados Unidos (São Francisco e Boston) e Tailândia (Chiang Mai).
Participaram do estudo 2.499 voluntários, grupo composto por homens, travestis e transexuais femininas, que tinham como parceiros sexuais pessoas do sexo masculino. Os participantes foram avaliados por um período de três anos.
Os voluntários foram divididos em dois grupos: o primeiro recebeu o antirretroviral e o segundo, placebo. Eles foram orientados a tomar uma dose diária do comprimido.
Além disso, ambos os grupos foram aconselhados a adotar medidas preventivas e receberam preservativos, testes mensais para detecção do vírus e tratamento para DSTs.
Melhor do que vacina
No grupo que recebeu o antirretroviral, foi detectada redução geral de 44% no risco de infecção.
Os pesquisadores levaram em conta, nesta avaliação, todos os voluntários deste grupo, independente de terem tomado diariamente a medicação, conforme a recomendação inicial. Para participantes com mais de 50% de adesão aos comprimidos a eficácia foi de 50%.
Para os que relataram mais de 90% de adesão à medicação a proteção chegou a 73%.
Os testes com vacinas contra o HIV feitos até agora tiveram resultados modestos - apenas 31%, o que tem deixados os cientistas desanimados - veja Vacina anti-HIV: mito ou realidade?.
Proteção adicional
"O uso de medicamento em associação com medidas já bem estabelecidas de prevenção conferiu proteção adicional significativa contra infecção por HIV aos participantes", ressalta o infectologista da FMUSP, Esper Kallás, um dos autores da pesquisa.
O estudo concluiu que as intervenções de aconselhamento, redução de risco e distribuição de preservativos e gel tiveram impacto na redução do número de parceiros e aumento do uso de preservativos.
Durante o estudo, foram identificadas 64 infecções por HIV no grupo placebo e 36 no grupo medicamento. A equipe de pesquisadores da USP alerta, porém, que não é possível generalizar esses resultados a outros grupos de pessoas, tais como heterossexuais, adolescentes e mulheres. Para esses grupos, outros estudos de profilaxia pré-exposição estão em andamento.

Fonte: diario da saude.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Síndrome de Marfan

Em 2001, a equipe de Lygia da Veiga Pereira, coordenadora do Laboratório de Genética Molecular da Universidade de São Paulo (USP), produziu os primeiros camundongos geneticamente modificados no Brasil. Eram roedores com um defeito genético similar ao que causa em seres humanos a Síndrome de Marfan, doença caracterizada por problemas cardiovasculares, oculares e no esqueleto. Agora, quase dez anos após o experimento inicial, a mesma equipe de pesquisadores conseguiu refinar ainda mais o modelo animal da doença, desenvolvendo duas linhagens de animais que, embora carreguem o mesmo defeito genético, manifestam a doença de forma distinta. Os principais sintomas da Síndrome de Marfan são alongamento de mãos e pernas, desvio da coluna vertebral, deformidade torácica e problemas cardíacos e oculares.

Defeito genético

Inicialmente, os animais tinham alterações em um gene, o Fbn1, responsável pela síntese da fibrilina 1, proteína fundamental para a formação do tecido conjuntivo. Agora, os sintomas da doença aparecem de maneira mais aguda e precoce (três meses antes) na nova linhagem (129/Sv) do que na anterior (C57BL/6). Somente aos seis meses de idade, os roedores do segundo grupo atingem o mesmo nível de gravidade da doença que os animais do primeiro grupo apresentam aos três meses. A equipe da USP, que também inclui pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e do Instituto de Ciências Biomédicas, criou até métodos quantitativos para medir a severidade das alterações clínicas mais significativas da síndrome. "Acreditamos que a atuação de genes modificadores pode alterar a velocidade do avanço da doença nas duas linhagens. Esses genes modificadores podem ser importantes para entendermos a progressão da síndrome em humanos", disse Lygia, que publica artigo sobre o estudo nesta quarta-feira (30/11) na edição on-line da revista PLoS One.

Clones genéticos

A síndrome de Marfan é uma doença autossômica dominante. Basta que uma das duas cópias do gene Fbn1 tenha alguma mutação patogênica para que o problema se manifeste clinicamente. O resultado com as duas linhagens animou os cientistas da USP. Mas a análise mais detalhada de um dos tipos de camundongos reservava uma surpresa ainda maior. Os animais da linhagem 129/Sv eram isogênicos - tinham, como clones genéticos, exatamente o mesmo DNA - e, ainda assim, expressavam clinicamente a doença em estágios completamente díspares.

Comparados com roedores de um grupo de controle, sem a doença, 16% dos 129/Sv podiam ser classificados como animais assintomáticos, 38% apresentavam um quadro tido como moderado da síndrome e 46% foram classificados como casos graves.

Nesse caso, não se pode atribuir os diversos graus de severidade da doença a eventuais diferenças no material genético dos camundongos. "Fatores epigenéticos podem estar por trás do surgimento de fenótipos (aparência física) distintos nos animais dessa linhagem", disse Lygia.

Epigenética

Modernamente, a epigenética é definida como o estudo de mudanças no funcionamento do genoma de um organismo que podem ser herdadas, passadas de uma geração a outra, apesar de não ter ocorrido qualquer alteração na sequência original de DNA.

A influência do ambiente e o fato de uma determinada parte do genoma ter vindo do pai (em vez da mãe) podem ser interpretados como fatores epigenéticos, como elementos que, embora externos ao código genético propriamente dito, podem ter repercussões na expressão (ativação) de genes e, assim, modificar a manifestação clínica de uma doença.

"A biologia é muito complexa e ainda não conhecemos todas as variáveis que influenciam o funcionamento dos genes", disse Lygia.

Sera que os humanos são capazes de prever o futuro?

E o que vem mostrando uma pesquisa que está provocando muinta polemica entre os cientistas, um grupo de pesquisadores chegou à conclusão de que eventos que ainda não aconteceram podem influenciar nosso comportamento. Em outras palavras, é como se prevêssemos o futuro. A precognição - o conhecimento do futuro ou a capacidade de prever eventos futuros - tem sido apregoada por parapsicólogos há décadas.Mas agora a demonstração vem de um experimento feito por cientistas acadêmicos, não vinculados a qualquer seita, e está descrito em um artigo que foi aceito para publicação em um periódico científico reconhecido.

O artigo, que foi aceito pelo Journal of Personality and Social Psychology, é o resultado de um trabalho de oito anos feito por Daryl Bem, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, que afirma que só submeteu o trabalho para publicação depois de ter verificado cuidadosamente que não se tratava de uma casualidade estatística.

Ele descreve uma série de experimentos envolvendo mais de 1000 estudantes voluntários.

Experimentos de previsão do futuro

Na maioria dos testes, Bem usou fenômenos psicológicos bem estudados e simplesmente inverteu a sequência, para que o evento geralmente interpretado como causa ocorresse depois do comportamento testado, em vez de antes, como seria natural.

Em um experimento, os alunos viam uma lista de palavras, devendo lembrar-se de algumas delas. A seguir, era feito o teste de memória. Mais tarde, os mesmos estudantes digitaram palavras que foram selecionadas aleatoriamente a partir da mesma lista.

Estranhamente, os estudantes se lembraram melhor das palavras que eles ainda iriam digitar mais tarde.

Em outro estudo, Bem adaptou estudos sobre o priming, o efeito que uma palavra subliminarmente apresentada tem sobre a reação de uma pessoa a uma imagem. Por exemplo, se alguém vê rapidamente a palavra "feio", ela vai demorar mais tempo para decidir se a foto de um gatinho, ou algo semelhante, mostrada na sequência, é agradável ou não.

Ao fazer o experimento de trás para a frente, Bem descobriu que o efeito do priming parece funcionar tanto para a frente no tempo como para trás.

Futuro e passado

Segundo o cético Krueger - cético, em um sentido mais moderno, parece ser um termo aplicado a cientistas que não aceitam comprovações obtidas pela própria ciência - afirma que o uso de fenômenos psicológicos muito estudados foi "uma jogada de gênio", ao contrário dos parapsicólogos, que usam metodologias difíceis de serem aferidas.

O artigo de Bem tem sido mais destrinchado do que o próprio fenômeno que ele estudou. "Este artigo passou por uma série de revisões de alguns dos nossos comentadores mais confiáveis," disse Charles Judd, da Universidade do Colorado, do conselho editorial da revista Journal of Personality and Social Psychology.

Vários pesquisadores e comentadores não demoraram para lançar críticas ao pesquisador e à própria revista, por ter aceito o artigo. Mas todas as críticas se baseiam no "ceticismo" e, até agora, ninguém conseguiu demonstrar qualquer falha na pesquisa.