Saúde um Direito de Todos

A saúde "é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante a políticas saciais e econômica que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário à ações e serviços para sua promoção, proteção e recumperação." conforme esta garantido e definido no Cap. II Dos Direitos Sociais, Art. 6º e Cap. II Da Seguridade Social, Seção II Da Saúde, Art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

BIOÉTICA EM CENTRO CIRÚRGICO



A Bioética é fruto de uma sociedade que atingiu a democracia com pleno exercício da cidadania, com a afirmação do sujeito instruído de uma sociedade pluralista e secularizada. É também, um produto da sociedade do bem-estar pós- industrial e da expansão dos “direitos humanos, da terceira geração”, para a paz, para o desenvolvimento, meio ambiente, respeito ao patrimônio comum da humanidade que marcaram a transição do estado de direito para o estado de justiça .

Segundo Escobar (1990) apud Correia (1993), a bioética nasce em um ambiente científico, como uma necessidade sentida pelos próprios profissionais de saúde, em seu sentido mais amplo, de proteger a vida humana e seu ambiente. Surge de um esforço interdisciplinar por parte de muitos profissionais da saúde, que unem seus esforços na investigação de valores humanos nos quais inspiram seu trabalho. Apóia-se mais na razão e no bom juízo moral de seus investigadores do que em alguma corrente filosófica ou autoridade religiosa. Daí serem seus princípios e orientações de caráter autônomo e universal. Não se trata tanto de elaborar teorias, mas, sim, de ir ha prática para orientar eticamente os pesquisadores, os técnicos, os cientistas, os legisladores e governantes para que avaliem com acerto a repercussão humana de seus respectivos trabalhos e tomem as medidas correspondentes.

O profissional ético conhece e respeita o código de ética no exercício da profissão, justificando todas as vezes que houver necessidade de atuar quebrando as normas e princípios, direitos e deveres pertinentes à conduta ética do profissional.


 Segundo Cohen e Segre (2002) ser ético é poder percorrer o caminho entre a emoção e a razão, permitindo-nos que nos posicionemos na parte desse percurso que consideremos mais adequada, e que nem sempre será a mais confortável . 

O profissional da enfermagem participa como integrante da sociedade e das ações que visem satisfazer às necessidades da população. A falta de comprometimento dos profissionais com a ética é hoje o principal fator desencadeante de doença tanto nos profissionais de saúde, quanto na população em geral. 


Para Cohen e Segre (2002), o profissional da área de saúde tem responsabilidades para consigo mesmo, para com o paciente e para com terceiros (para com a sociedade, para com a profissão e até para com o próprio meio ambiente) .


Segundo Reich (1995) apud Sbaraini (2006), bioética é o estudo sistemático das dimensões morais – incluindo visão moral, decisões, conduta e política – das ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar . 

Ética profissional e a enfermagem

A prática dos profissionais de saúde, no âmbito hospitalar, vem desumanizando-se frente à atenção à doença, e não ao ser doente. Reconhecer e promover a humanização, à luz de considerações éticas, demanda um esforço para rever, principalmente, atitudes e comportamentos dos profissionais envolvidos direta ou indiretamente no cuidado do paciente, o que também está enraizado no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), evidenciando que os códigos de ética profissionais, enquanto expressão de sistemas de valores, explicitam a moralidade de um grupo, pressupondo a imposição desses valores, e não o seu questionamento
.


Na sala de recuperação pós-anestésica o atendimento é realizado de forma inadequada, devido à falta de recursos humanos e a falta de respeito com o paciente e com o ambiente de trabalho; na sala de Cirurgia, foi onde se constatou a presença de um número maior de situações antiéticas, acreditamos que isso se deve, principalmente, ao fato de o paciente estar anestesiado e o profissional de saúde achar que por isso pode agir de maneira indiferente; os profissionais da enfermagem "pecam" principalmente por omissão, pois assistem a tais situações e se mantém omissos.

Diante do exposto, perceber que a ética é difícil de ser vivenciada, disseminada e divulgada na prática, uma vez que muitos valores estão envolvidos nesse contexto, tais como valores culturais, sociais e religiosos que vêm de encontro ao caráter do indivíduo. Além disso, outras dificuldades são percebidas quando alguns profissionais de enfermagem não demonstram priorizar os princípios da ética e da bioética, também se observa o envolvimento de pessoas que estão à frente dos Conselhos da profissão de enfermagem. Eles têm suscitado danos calamitosos à categoria no âmbito nacional e regional e, muitas vezes, passam despercebidos, fazendo acreditar que são representantes com conduta ética transparente e dentro dos padrões da normalidade social.

Ética profissional é uma parte da ciência moral. Não limita se as normas, mas procura a humanização do trabalho organizado, isto é, procura colocá-lo a serviço do ser humano, da sua promoção e da sua finalidade social. É tarefa ainda da ética profissional, detectar os fatores que numa determinada sociedade, esvazia a atividade profissional tornando-a alienada. É também tarefa da ética profissional realizar uma critica questionadora que tenha por finalidade salvar o ser humano .
 


É TAMBÉM TAREFA DA ÉTICA PROFISSIONAL DETECTAR OS FATORES QUE NUMA DETERMINADA SOCIEDADE, ESVAZIA A ATIVIDADE PROFISSIONAL TORNANDO-A ALIENADA.


Num hospital seja ele público ou privado que presta serviço público onde “enfermeiros assistenciais trabalham com dimensionamento insuficiente para atender a demanda”, foram detectados os seguintes fatores!


1º FATOR DETECTADO

Auxiliar ou técnico de enfermagem com titulo de enfermeiro exercendo função de auxiliar ou técnico de enfermagem e recebendo salário inferior ao salário do enfermeiro.

2º FATOR DETECTADO

A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) foi normatizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) em todas as instituições de saúde desde o ano 2000 no Brasil e até hoje não é totalmente executado, justificativas: aumento na demanda, falta de recurso humano e falta de um modelo assistencial adequado.

3º FATOR DETECTADO

Empresa pública ou privada que presta serviço público, pagando salário maior ao profissional enfermeiro que exerce função assistencial, supervisor, coordenador, pleno, sênior e júnior; e salário menor ao auxiliar e técnico de enfermagem com titulo de enfermeiro registrado no Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN/SP).



EXPLANAÇÃO



Em relação à falta de recurso humano nos hospitais, sobra profissional técnico qualificado no mercado de trabalho.
Em relação à falta de um modelo assistencial adequado, somente um modelo assistencial auto-executável ira dispensar recurso humano “profissional técnico qualificado”.
Em relação ao aumento na demanda evidenciando a falta de um modelo assistencial preventivo extra-hospitalar, informo a todos que já estou trabalhando num projeto que visa atender esta necessidade (PROJETO MINERVA), e considerando que o aumento na demanda, evidencia também, o aumento de pessoas do sexo feminino com idade jovem ocupando leito hospitalar; informo desde já, que estou tendo dificuldade para encontrar orientadora para o projeto.



É TAMBÉM TAREFA DA ÉTICA PROFISSIONAL REALIZAR UMA CRITICA QUESTIONADORA QUE TENHA POR FINALIDADE SALVAR O SER HUMANO.



I. A fim de suprir a carência de recurso humano e respeitar o dimensionamento dos profissionais da enfermagem estabelecido por lei; a empresa pode mudar a categoria dos auxiliares e técnicos de enfermagem com graduação em enfermagem e devidamente registrado no COREN/SP para exercer a função de enfermeiro? Na prática isso acontece? Nesse caso há ajuste salarial?
II. Por que a empresa não paga o salário do auxiliar e técnico de enfermagem com titulo de enfermeiro registrado no COREN/SP igual ao salário do enfermeiro assistencial, uma vez que o auxiliar e técnico de enfermagem executa as funções do enfermeiro assistencial que constantemente se encontra ausente por falta de recurso humano?
III. Existe algum Centro Universitário que oferece qualificação específica para: Enfermeiro Coordenador, Enfermeiro Supervisor, Enfermeiro Pleno, Enfermeiro Sênior e Enfermeiro Junior?
IV. Se o Auxiliar de Enfermagem, Técnico de Enfermagem, Enfermeiro Assistencial e Enfermeiro Coordenador têm o mesmo grau de formação acadêmica devidamente registrada no COREN/SP; por que a remuneração salarial do Enfermeiro Coordenador é maior que a remuneração paga aos demais? Lembrando que é o auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem e enfermeiro assistencial que fica mais exposto aos acidentes de trabalho (seja de origem física, química ou biológica).
V. Por que a média salarial estabelecida na enfermagem não esta relacionada com a quantidade de títulos adquiridos pelo profissional e sim pelo cargo ao qual foi indicado na empresa?

Diferença entre Ética e moral

A ética refere ao comportamento humano, seja de uma pessoa, um povo ou uma comunidade.


Segundo Cohen e Segre (2002) a ética está na percepção dos conflitos da vida psíquica (emoção x razão) e na condição, que podemos adquirir, de nos posicionarmos, de forma coerente, face a esses conflitos. Consideramos, portanto, que a ética se fundamenta em três pré-requisitos: 1º percepção dos conflitos (consciência); 2º autonomia (condição de posicionar se entre a emoção e a razão, sendo que essa escolha de posição é ativa e autônoma); 3º coerência . Para Cohen e Segre (2002) um indivíduo será ético quando puder compreender e interpretar o código de ética, além de atuar de acordo com os princípios por ele propostos. Caberá, entretanto, também ao indivíduo, a possibilidade de discordar do posicionamento ético, devendo responsabilizar-se frente ao conselho, justificando uma atuação diferente da proposta pelo código. Por esse motivo, quando os valores estão em conflito, existe necessidade de esclarecimento dos enfoques opostos, pois pode existir mais de uma única resposta adequada para a mesma situação.



A moral é a avaliação deste comportamento. Exemplo: para ser policial tem que promover segurança a população, para ser bandido tem que praticar crimes, para ser religioso tem que viver conforme ou semelhante ás doutrinas da igreja. Cada um executando suas atividades e considerando os princípios éticos que regulamentam a profissão escolhida para trabalhar; sempre respeitando as regras do seu grupo para ser respeitado na sociedade. 


Gert (1970) propõe cinco normas básicas de moral: não matar, não causar dor, não inabilitar, não privar da liberdade ou de oportunidades, não privar do prazer. A moral pressupõe três características: 1ª seus valores não são questionados; 2ª eles são impostos; 3ª a desobediência às regras pressupõe um castigo.


O código de Deontologia de enfermagem


Segundo Gelain (1987) o código visa coibir situações em que enfermeiros permitam que seu nome conste do quadro de pessoal e recebam remuneração sem exercer as funções de enfermagem pressupostas (art. 9º, inc.XI). Entende o código que esta atitude, além de envolver um comportamento desonesto, estabelece concorrência desleal, pois priva outros colegas de exercerem a profissão. Estão incluídas neste item as situações em que enfermeiros, coniventes com a desonestidade da instituição, cedem seu diploma, recebem remuneração inferior à paga a um enfermeiro contratado e não precisam comparecer ao trabalho. Com isto, a instituição usufrui das vantagens como se tivesse um enfermeiro em seu quadro de pessoal e gasta menos do que se contratasse o profissional.


CÓDIGO DEONTOLÓGICO DO ENFERMEIRO DL 104/98
Artigo 79.º

DOS DEVERES DEONTOLÓGICOS EM GERAL

c) Proteger e defender a pessoa humana das práticas que contrariem a lei, a ética ou o bem comum, sobretudo quando carecidas de indispensável competência profissional;
Artigo 82.º

DOS DIREITOS À VIDA E À QUALIDADE DE VIDA

a) Atribuir à vida de qualquer pessoa igual valor, pelo que protege e defende a vida humana em todas as circunstâncias;
Artigo 88.º

DA EXCELÊNCIA DO EXERCÍCIO

d) Assegurar, por todos os meios ao seu alcance, as condições de trabalho que permitam exercer a profissão com dignidade e autonomia, comunicando, através das vias competentes, as deficiências que prejudiquem a qualidade de cuidados;
Artigo 90.º

DOS DEVERES PARA COM A PROFISSÃO

a) Manter no desempenho das suas atividades, em todas as circunstâncias, um padrão de conduta pessoal que dignifique a profissão;
b) Ser solidário com os outros membros da profissão em ordem à elevação do nível profissional;



Texto extraído de:

Fonte: 
http://www.webartigos.com/ - BIOÉTICA EM CENTRO CIRÚRGICO E PROJETO MINERVA 
“PRINCÍPIO DA ENFERMAGEM 3G”


sábado, 23 de julho de 2011

Saiba como evitar e previneia a costipação intestinal

Além dos efeitos locais que a prisão de ventre pode causar como gases e cólicas, o acúmulo das matérias no cólon pode ser a causa de algumas afecções. Existe também uma correlação muito significativa entre a freqüência crescente dos cânceres do cólon nos países industriais e a alimentação pobre em fibras. A prevenção desta doença passa então por uma introdução de fibras vegetais na alimentação e acompanhamento médico. A prisão de ventre também influencia no humor das pessoas, como podemos perceber; com o uso da palavra " enfezada " , referindo-se a pessoas com mau-humor.

11 dicas para uma digestão tranqüila e uma boa evacuação:

Com uma alimentação equilibrada e cuidados com eventuais intolerâncias alimentares do seu organismo é possível evitar azia, gases, má digestão e distensão abdominal. Veja as dicas do Dr. Tiago Almeida e Dra. Solange Menta para uma digestão tranqüila:

1) O primeiro passo é controlar o excesso de farinha refinada, gordura saturada, carnes vermelhas, frituras, refrigerantes, pimenta e cafeína. Todos dificultam o trabalho do sistema digestivo e têm muitas toxinas.

2) Algumas pessoas têm leves sensibilidades a alguns alimentos, como leite, feijão preto, brócolis e couve-flor. O ideal, neste caso, é substituí-los por similares de fácil digestão: o feijão preto pode ser trocado pelo azuki ou o branco; o leite de vaca pelo de soja.

3) Azia nada mais é do que excesso de acidez no organismo. Evite, portanto, alimentos ácidos, como frutas cítricas (manga, laranja, abacaxi, tangerina e morango, por exemplo). Prefira as alcalinas: banana, uva-passa, mamão e melão.

4) Já a sensação de peso e de distensão do abdômen, também conhecida como má digestão, pode ser combatida com as frutas ácidas, que têm enzimas digestivas. Abacaxi é especialmente bom nesses casos. Nozes, castanhas, suco de pêra com pêssego ou suco de banana também podem ajudar.

5) Os gases são causados por desequilíbrios da flora intestinal e pela fermentação dos alimentos. Além de identificar eventuais intolerâncias do seu organismo, é bom evitar combinações ruins, como a de muitos alimentos indigestos em uma mesma refeição (feijão + brócolis) ou frutas cítricas e doces juntas (laranja + banana, por exemplo).

6) Faça uma dieta variada, com pelo menos três tipos de frutas e três de saladas todos os dias, com cores diferentes (o que significa nutrientes diferentes). Prefira alimentos orgânicos e grãos integrais, hortaliças frescas, óleos de gergelim, oliva e girassol, sucos naturais. Tente, a cada semana, variar um item do cardápio para oferecer novos nutrientes ao organismo.

7) Para não exagerar na carne vermelha e não ficar sem proteínas, troque algumas porções da carne por similares brancas ou por tofu, champignon, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico e feijão branco.

8) Não beba durante as refeições, para não diluir o ácido clorídrico do estômago e prejudicar o trabalho digestivo. Líquidos, só meia hora antes ou uma hora e maia depois da comida. Lembre-se também de mastigar sem pressa.

9) Pela manhã, em jejum, massageie o abdômen em sentido horário, para estimular o funcionamento do intestino. Depois, beba um copo de água morna.

Obs: Bebida do Dr. Tiago para estimular os intestinos: Suco de limão diluído em água morna;

10) Prefira jantar três horas antes de dormir.

11) Bebida da Dra. Soalnge para estimular os intestinos: Deixe de molho (equivalente há 8 horas) 1 colher de sopa de linhaça, 1 colher de sopa de uva passa e 4 ameixas pretas (a linhaça em recipiente separado). Retire a água da linhaça e bata no liquidificador junto com as ameixas e as uvas-passas e beba (pode acrescentar mais água se quiser).

 Saiba mais em:
Fonte: www.intestinosaudavel.com

terça-feira, 19 de julho de 2011

O monitoramento da albuminúria é uma estratégia útil para ajudar a prever o risco cardiovascular diz estudo.


O grau de albuminúria prevê resultados cardiovasculares e renais, mas não se sabe se as mudanças na albuminúria também preveem resultados semelhantes. Um estudo realizado na State University of New York analisou 23.480 pacientes com doença vascular ou com alto risco de diabetes. Foi quantificad a associação entre mudança na albuminúria para o dobro ou mais desde o início até dois anos, e a incidência de desfechos cardiovasculares e renais e a mortalidade por qualquer causa em 32 meses. O aumento da albuminúria para o dobro ou mais foi observado em 28% dos participantes, e foi associado com uma mortalidade quase 50% maior (RR 1,48 IC 95% 1,32 a 1,66), e uma diminuição da albuminúria pela metade ou menos, observada em 21%, foi associada com uma mortalidade 15% menor (RR 0,85 IC 95% 0,74 a 0,98), comparados com aqueles com mudanças menores na albuminúria. O aumento da albuminúria também foi significativamente associado com a morte cardiovascular, com os desfechos cardiovasculares compostos (morte cardiovascular, infarto do miocárdio, AVC e hospitalização por insuficiência cardíaca), e os resultados renais, incluindo diálise ou duplicação da creatinina sérica (RR 1,40, IC 95% 1,11 a 1,78). Chegou-se à conclusão que em pacientes com doença vascular, alterações da albuminúria preveem a mortalidade e os resultados cardiovasculares e renais, independentemente da albuminúria basal. Isto sugere que o monitoramento da albuminúria é uma estratégia útil para ajudar a prever o risco cardiovascular.

Fonte: Journal of the American Society of Nephrology, Volume 22, Number 7, Pages 1353-1364

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Estudos revelam que a falta de higiene bucal pode afetar fertilidade

Um estudo realizado na Austrália sugere que problemas de na saúde bucal podem influenciar na fertilidade feminina. A pesquisa da Universidade do Oeste da Austrália sugere que uma higiene bucal precária é tão ruim  para a fertilidade de uma mulher quanto a obesidade, fazendo com que elas demorem em média dois meses a mais para engravidar. Segundo os pesquisadores, mulheres com gengivas doentes precisaram de sete meses para conceber, comparados com o prazo considerado normal, de cinco meses.

Doença periodontal

De acordo com os pesquisadores, a causa pode estar ligada à doença periodontal, caracterizada por inflamação na gengiva. Se esta não for tratada, poderá desencadear uma série de reações capazes de prejudicar o funcionamento normal do corpo.
A doença periodontal, também conhecida como periodontite, já foi ligada à doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e aborto, além de baixa qualidade do esperma em homens.
  • Periodontite pode afetar sistema cardiovascular
  • Estudo confirma relação entre periodontite e aterosclerose
  • Problemas nas gengivas aumentam níveis de colesterol ruim
  • Descoberta ligação entre bactéria da boca e obesidade
"Até agora não existiam estudos publicados que investigavam se a doença nas gengivas pode afetar as chances de uma mulher conceber, então este é o primeiro relatório que sugere que a doença na gengiva pode ser um dos vários fatores que podem ser modificados para mulher melhorar as chances de uma gravidez", afirmou Roger Hart, professor líder da pesquisa.

Inflamação nas gengivas

O estudo da Universidade do Oeste da Austrália contou com a participação de mais de 3,5 mil mulheres.
Aquelas com problemas de gengiva apresentaram níveis elevados de marcadores para inflamação no sangue.
De acordo com o líder da pesquisa, Roger Hart, mulheres que estão tentando ter um filho agora precisam passar antes no dentista além de parar de fumar, beber, manter um peso saudável e tomar suplementos de ácido fólico.

Fontes: BBC 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Abuso de Álcool e os desafios em seu tratamento

O abuso de substâncias, especialmente o abuso de drogas injetáveis​​, é freqüentemente associada com doenças infecciosas crônicas, incluindo a infecção pelo HIV, hepatite B, hepatite C e tuberculose. O tratamento efetivo para essas condições crônicas pode ser muito desafiador em pacientes que continuam a abusar de substâncias. Estudos têm demonstrado que os transtornos de uso de substâncias não tratada ter um impacto negativo sobre o acesso aos cuidados de HIV, HIV de início de tratamento, os resultados HIV e progressão da doença. Aqui, discutimos o impacto do álcool em curso com pacientes portadores de HIV.

O estudo revela que o abuso do álcool varia do uso ocasional para a dependência de álcool. Bebedores moderados compõem cerca de 35% da população geral. Homens que bebem mais de quatro doses por dia ou 14 doses por semana e mulheres que bebem mais de três drinques por dia ou 7 bebidas por semana, são considerados uma situação de risco e os critérios de encontro para o abuso do álcool representam cerca de 20% da população, enquanto que aqueles que satisfazem os critérios para dependência de álcool representam cerca de 5% do população. A prevalência desses distúrbios em pacientes com infecção pelo HIV é maior 2-4 vezes em comparação com o general-população.

O abuso do álcool e a dependência afetam a progressão da doença, adesão ao tratamento e gravidade da doença de comorbidade em pacientes com infecção por HIV. Os estudos in vitro têm encontrado maior replicação viral em células expostas ao álcool, sugerindo que o álcool tem um efeito direto sobre a doença oportunista. A associação entre o álcool e a progressão da doença HIV in vivo, no entanto, é variável. Um estudo transversal descobriu que entre os pacientes que recebem terapia antiretroviral altamente ativa, os níveis de HIV RNA foram significativamente e mais elevados e as contagens de CD4 foram significativamente menores em pessoas com consumo moderado de álcool e em situação de risco em comparação com pacientes que abusam do alcool. No entanto, entre os pacientes infectados pelo HIV que não recebem terapia antiretroviral altamente ativa, não houve diferenças nos resultados.

Em uma versão mais recente do estudo, a contagen de CD4 foi menor nos pacientes infectados pelo HIV usuários de álcool e que não foram tratados com HAART, mas os níveis de HIV RNA não eram diferentes. Não houve diferenças na contagem de células CD4 ou níveis de HIV RNA em pacientes que receberam antirretroviral altamente ativa.
O tratamento da infecção pelo HIV em pacientes com transtornos por uso de álcool pode ser um desafio. Alguns estudos sugerem que o abuso de álcool em pacientes virgens de tratamento que estão iniciando a terapia antirretroviral diminui o tempo de supressão viral, enquanto outros estudos sugerem um pequeno impacto do abuso de álcool sobre o HIV. O impacto do abuso de álcool sobre os resultados do tratamento do HIV é complexo , mas é pelo menos parcialmente mediadas pela medicação.

Transtornos por uso exessivo de álcool estão associados com pior aderência ao tratamento anti-retroviral, que por sua vez está associada à supressão viral insuficiente e o desenvolvimento de resistência aos medicamentos antivirais. Além de resultados mais pobres da doença e adesão à medicação, uso de álcool pode afetar negativamente as condições de comorbidade. Pacientes infectados pelo HIV que usam álcool, especialmente os critérios de encontro para o abuso ou dependência de álcool, têm mais sintomas depressivos. Os pacientes co-infectados com hepatite C que usam álcool são mais propensos a ter graves crises no fígado.

O tratamento do abuso de álcool e de sua dependência precisa de intervenções breves para os bebedores de risco e de referência de especialidades e farmacoterapia para pacientes com dependência de álcool. Intervenções breves consistem de 10-15 minutos de aconselhamento centrada sobre os efeitos negativos da bebida. Estudos individuais e meta-análises têm mostrado que intervenções breves efetivamente reduzirem o uso de álcool em pacientes que estão em risco. A eficácia de uma intervenção breve para reduzir o consumo em pacientes dependentes de álcool é limitada.

A dependência do álcool exige uma abordagem de tratamento mais agressiva, com o objetivo de ser a abstinência completa. O sucesso do tratamento da dependência de álcool geralmente usa uma abordagem multimodal, muitas vezes consistindo de intervenções comportamentais, a farmacoterapia, e participação em programas de autoajuda. Farmacoterapias disponíveis para dependência de álcool incluem dissulfiram (Medicamentos informação sobre dissulfiram), naltrexona e acamprosato (Medicamentos informação sobre acamprosato). Naltrexona (Medicamentos informação sobre naltrexona) foi mostrado para diminuir induzida pelo álcool na replicação viral in vitro. O acamprosato e dissulfiram são eficazes no tratamento da dependência de álcool, mas existem poucos dados sobre seu uso em pacientes infectados pelo HIV.
 
Fonte: The AIDS Reader

A aplicação de um protocolo de anafilaxia melhorou as habilidades dos médicos para tratar esta emergência na unidade de emergência pediátrica

O tratamento da anafilaxia em unidades de emergência pediátrica (UEP) é por vezes deficiente em termos de diagnóstico, tratamento e acompanhamento posterior. Um estudo publicado na Pediatric Allergy and Immunology avaliou a eficiência de um protocolo atualizado para melhorar o desempenho médico, e descreveu a incidência de anafilaxia e a segurança do uso de adrenalina em uma UEP de um hospital terciário. Foram incluídas 64crianças com idade <14 anos com diagnostico de anafilaxia. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a data de implantação do protocolo (2008): grupo A (2006-2007; o período antes da introdução do protocolo) e grupo B (2008-2009, após a introdução do protocolo. A incidência de anafilaxia foi de 4,8 por 10.000 casos / ano. Após a introdução do protocolo, aumentos significativos foram observados na administração de adrenalina (27% no grupo A e 57,6% no grupo B, p = 0,012), na prescrição de auto-injeção de adrenalina (6,7% no grupo A e 54,5% no grupo B) (p = 0,005) e no número de internações na observação pediátrica (p = 0,003) e sua duração (p = 0,005).Foram observadas reduções no uso de monoterapia com corticoide (29% no grupo A, 3% no grupo B, p = 0,005), e no número de pacientes que receberam alta sem instruções de acompanhamento (69% no grupo A, 22% no grupo B, p = 0,001).Chegou-se à conclusão que a aplicação do protocolo de anafilaxia substancialmente melhorou as habilidades dos médicos para tratar esta situação de emergência na unidade de emergência pediátrica.

Texto: Bibliomed.