Saúde um Direito de Todos

A saúde "é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante a políticas saciais e econômica que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário à ações e serviços para sua promoção, proteção e recumperação." conforme esta garantido e definido no Cap. II Dos Direitos Sociais, Art. 6º e Cap. II Da Seguridade Social, Seção II Da Saúde, Art. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil.

domingo, 14 de agosto de 2011

Insônia

Insônia é a dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, prejudicando o bom funcionamento da mente e do corpo no dia seguinte. Estima-se que até 40% dos brasileiros sofrem ou sofreram deste mal nos últimos doze meses.

  • Dificuldade em iniciar o sono;
  • Levantar muitas vezes durante a noite com dificuldade em voltar a dormir;
  • Acordar cedo demais;
  • Sono não restaurador.
A insônia não é definida pelo tempo que uma pessoa dorme ou gasta para cair no sono. A necessidade de sono varia de indivíduo para indivíduo. A insônia geralmente causa problemas durante o dia, tais como: cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e irritabilidade.
Ela pode ser classificada como aguda, intermitente, e crônica. A insônia que dura desde uma noite até algumas semanas é chamada de aguda. Caso os episódios de insônia aguda ocorram de tempos em tempos, ela passa a ser intermitente. A insônia é considerada crônica se ocorre frequentemente e dura mais de um mês.

A insônia é geralmente decorrente da ação de fatores estressantes (precipitantes) em um indivíduo que apresenta fatores predisponentes.

Principais fatores predisponentes:
  • Idade avançada
  • Sexo feminino (principalmente durante e após a menopausa)
  • História de insönia em familiares
  • Depressão e outros distúrbios psiquiátricos
  • Doenças orgânicas
  • Tabagismo, etilismo, dependencia química
O tipo crônico é o mais complexo e geralmente resulta de uma combinação de fatores, incluindo os decorrentes de desordens físicas ou mentais e comumente a depressão. Outras causas incluem artrite, doença nos rins, problema no coração, asma, apnéia, narcolepsia, síndrome das pernas inquietas, mal de Parkinson e hipertiroidismo. Adicionalmente, os comportamentos a seguir têm mostrado perpetuar a insônia em algumas pessoas:

  • Expectativa e preocupação em ter dificuldade para dormir.
  • Preocupação excessiva com o trabalho, não sabendo esquecê-los após o fim do expediente.
  • Ingestão de quantidade excessiva de cafeína.
  • Beber álcool antes do horário de dormir.
  • Fumar cigarro antes do horário de dormir.
  • Soneca excessiva de manhã ou de tarde.
  • Horários de dormir/acordar irregulares ou continuamente alterados.
  • Ciclos irregulares de sono/despertar (por um trabalho noturno, por exemplo).
Pacientes com insônia devem ser adequadamente avaliados por um médico especializado em Medicina do Sono. Este poderá utilizar-se de um Diário do Sono preenchido pelo paciente ao longo de 1 a 2 semanas onde ele registrará os horários em que levanta-se, deita-se, cochila, toma café, faz exercícios, etc. Isto será de grande utilidade para a abordagem do médico. Poderá ainda ser solicitada uma Polissonografia (exame do sono) para detectar-se possíveis outras doenças do sono que estejam contribuindo para a insônia.
 
O tratamento para a insônia pode ser simples nos casos de início recente ou intermitente. Nesses casos, a utilização criteriosa de comprimidos para dormir de curta ação pode melhorar o sono e atenção no dia seguinte.
Já o tratamento da insônia crônica é mais complicado e consiste em um tratamento multimodal:
  • Deve-se diagnosticar e tratar problemas médicos ou psicológicos que possam estar ocasionando a insônia.
  • Identificar comportamentos que podem piorar a insônia e interrompê-los ou reduzi-los.
  • Pode ser necessária a prescrição de medicamentos para dormir, dando-se preferência àquelas que não causam dependência. Em geral, são prescritos na dose mínima e no menor período de tempo necessário. Para alguns desses remédios, a dose deve ser gradualmente diminuída, uma vez que uma parada abrupta poderia ocasionar a volta da insônia.
  • Técnicas de relaxamento: podem reduzir ou eliminar a tensão corporal e ansiedade. Como resultado, a mente da pessoa é capaz de ficar quieta, os músculos podem relaxar e pode ocorrer o sono repousante. Geralmente é preciso muita prática para aprender essas técnicas e alcançar o relaxamento efetivo.
  • Técnica de Restrição de sono: Algumas pessoas sofrendo de insônia gastam muito tempo na cama tentando sem sucesso dormir. Essas pessoas podem se beneficiar de um programa de restrição de sono que primeiramente permite apenas algumas horas de sono durante a noite. Gradualmente o tempo é aumentado até que seja alcançada um noite normal de sono.
  • Recondicionamento: Outro tratamento que pode ajudar algumas pessoas com insônia é recondicioná-las para associar a cama e o horário de dormir com o sono. Para a maioria das pessoas, isso significa não usar sua cama para nenhuma outra atividade além de sexo e dormir. Como parte do processo de recondicionamento, a pessoa é geralmente aconselhada para ir para a cama somente quando estiver com sono. Se não for capaz de dormir, a pessoa é orientada a levantar e só voltar para a cama quando estiver com sono. A pessoa também deve evitar sonecas. Eventualmente, o corpo será condicionado a associar a cama e horário de dormir com o sono.

    Fonte: http://www.disturbiosdosono.ne

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A importancia do sono para a nosa vida

O Sono Normal

O sono é um estado fisiológico que pode ser manipulado, mas não evitado. O sono tem inspirado e intrigado filósofos e poetas, pois passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo e aproximadamente um quarto desse tempo sonhando. A cada noite abandonamos nossos conhecidos, nosso trabalho, nossas atividades e quase tudo que é nosso para entrarmos num estado peculiar, que alterna ausência de raciocínio lógico (“inconsciência”) e fluxo de pensamentos, muito diversos ao que temos durante a vigília. Caso este processo trafegue pelas vias fisiológicas, algumas horas depois voltamos a estar dispostos e refeitos, mas caso ocorram pausas respiratórias, movimentos involutários dos membros inferiores ou uma dificuldade para iniciar ou manter o sono, obter-se-á um desarranjo fisiológico que poderá ser expresso em sonolência diurna excessiva, baixo rendimento profissional e acadêmico e diminuição das funções cognitivas.
O sono é um estado complexo e ativo, muito importante para o desenvolvimento normal do cérebro, os processos de memória e aprendizado. É também no período de sono noturno que são liberados alguns hormônios imprescindíveis para a maturação, o crescimento e a manutenção da saúde do nosso corpo.

Estágios do sono

 

O sono apresenta cinco estágios que se alternam. Um ciclo de sono é considerado completo quando todos os estágios estão presentes e costuma durar cerca de 90 minutos.
Desta forma uma pessoa que durma 6 horas numa noite apresentará cinco ciclos de sono e outra que durma 8 horas, seis ciclos. Na primeira metade da noite predomina o sono profundo e na segunda metade o sono REM. Por estes motivos dificilmente acordamos na primeira metade da noite. Na segunda metade sonhamos, e também acordamos, com mais facilidade.
Estágio 1: Na verdade é uma fase de transição entre a vigília e o sono, na qual somos facilmente acordados. 
Estágio 2: Representa a maior parte do tempo de sono. Apesar de ser um estágio posterior ao estágio 1 ainda é um sono superficial e o despertar pode ocorrer como resposta a pequenos estímulos. Os movimentos oculares cessam, as ondas elétricas cerebrais tornam-se mais lentas, a freqüência cardíaca e a temperatura diminuem.
Estágios 3 e 4: são conhecidos como estágios de sono profundo. Aparecem principalmente na primeira metade da noite e se caracterizam por relaxamento muscular mais intenso que nos estágios anteriores, permanecendo ativos apenas os músculos envolvidos na respiração e na movimentação dos olhos.
É necessário um estímulo externo mais forte para acordar alguém que esteja em sono profundo. O cérebro parece estar “desligado” do mundo exterior, tem sua atividade e o seu fluxo sanguíneo reduzidos com o objetivo de recuperar as energias que foram demandadas durante o dia. É o período em que o nosso metabolismo trabalha em níveis os mais baixos das 24 horas do dia.
Sono REM ou paradoxal: também conhecido como o estágio dos sonhos. Leva este nome porque apesar da pessoa estar dormindo e a musculatura esquelética relaxada, a atividade elétrica cerebral é intensa (como se ela estivesse acordada), a pressão arterial, a freqüência cardíaca e respiratória são semelhantes ou mais altas que as observadas durante a vigília.
Forma-se grande número de imagens na forma de sonhos e há intensa atividade cerebral, principalmente nas áreas ligadas ao “stress” e à emoção, geralmente manifestadas na forma de medo ou ansiedade. 

Qual é o tempo de sono considerado normal?

 A necessidade diária de sono é individual. Cada pessoa precisa de determinado número de horas diárias de sono para se sentir bem. A necessidade diária de sono varia nos seguintes grupos: 

• Crianças: Necessitam cerca de 14 a 16 horas por dia. Além das horas de sono durante a noite realizam alguns cochilos durante o dia.
• Adolescentes : Necessitam cerca de 9 horas de sono por noite. O sono é muito importante nesta fase da vida pois é durante o sono que ocorre a liberação do hormônio do crescimento.
• Adultos: Para a grande maioria dos adultos 7 a 8 horas de sono por dia são suficientes. Entretanto existem aqueles que se satisfazem com seis ou menos horas bem como os que precisam dormir dez ou mais horas por dia para se sentirem bem.
• Gestantes: No primeiro trimestre e às vezes durante toda a gestação a necessidade de sono pode ser bem maior que o usual.
• Idosos: Costumam dormir menos durante a noite, tendo o sono fragmentado e com elevado número de despertares. Apresentam sonolência durante o dia e realizam cochilos diurnos compensatórios.

Fonte:
http://www.praticahospitalar.com.br/pratica 29/paginas/materia 23-29.
http://www.disturbiosdosono.net/o-sono-normal.